O sempre conturbado Dallas Cowboys começou a temporada da NFL causando grandes preocupações em seus torcedores. A começar antes mesmo da bola oval rolar, com a troca que mandou Micah Parsons, um dos melhores defensores da liga — e também o mais bem pago — para o Green Bay Packers poucos dias antes da estreia.
No primeiro jogo, contra o campeão Philadelphia Eagles, em um duelo com grande festa da torcida rival graças ao lançamento do banner da conquista do último Super Bowl, os Cowboys até tiveram bons momentos, mas acabaram derrotados por 24 a 20.
(Conteúdo oferecido por: RAM e Snickers)
Isso deu certa confiança para a apaixonada torcida — a maior dos Estados Unidos — que o time tinha um bom caminho a percorrer. E os fãs lotaram o AT&T Stadium no último domingo (14), para o duelo com o New York Giants, uma das equipes mais frágeis da NFL e contra quem Dallas era muito favorito.
Esse favoritismo até prevaleceu, mas a vitória só aconteceu com muita emoção, apenas na prorrogação, por 40 a 37, com um “show de horror” dos defensores, que pareciam perdidos sem a liderança de Parsons, algo que já foi notado em seus primeiros jogos pelos Packers, com duas vitórias contundentes.
Eis que Jerry Jones, proprietário dos Cowboys, decidiu agir e ainda no último domingo anunciou a contratação de um substituto: o linebacker Jadeveon Clowney, de 32 anos, que chega com um contrato de uma temporada, após ter sido dispensado pelo Carolina Panthers em maio. Sua estreia deve ser já neste domingo (21), quando o time enfrenta o Chicago Bears, a partir das 17h25 (de Brasília), em duelo com transmissão do Disney+.
Nascido em 14 de fevereiro de 1993, em Rock Hill, Carolina do Sul, Clowney foi um dos maiores prospectos da história do futebol americano e começou a se destacar ainda no ensino médio pela South Pointe High School, onde chamou a atenção pelo porte físico e domínio defensivo. Em 2010, foi eleito o Mr. Football da Carolina do Sul e considerado pela ESPN à época o principal jogador jovem dos Estados Unidos.
A mídia em cima dele era tanta que, em seu aniversário de 18 anos, anunciou ao vivo na ESPN sua escolha pela Universidade da Carolina do Sul, algo semelhante ao que fez LeBron James, já como uma estrela da NBA, fez ao anunciar sua ida ao Miami Heat.
Lá, se consolidou como um dos maiores talentos defensivos do futebol americano universitário. Em 2012, venceu o Ted Hendricks Award (melhor defensive end do país), foi eleito All-American unânime e terminou em 6º na votação do Heisman Trophy.
Sua jogada mais famosa ocorreu no Outback Bowl de 2013, quando aplicou um tackle histórico em Vincent Smith (Michigan), forçando um fumble e recuperando a bola em uma das jogadas mais icônicas da década no college football — lance que venceu o ESPY Award de melhor jogada do ano.
Com status de fenômeno, Clowney foi escolhido como nº 1 geral do Draft de 2014 pelo Houston Texans. Em Houston, atuou por cinco temporadas, alcançando o auge entre 2016 e 2018, quando foi eleito três vezes seguidas ao Pro Bowl.
Depois da saída dos Texans, passou por uma série de franquias: Seattle Seahawks, Tennessee Titans, Cleveland Browns, Baltimore Ravens e Carolina Panthers. Em Baltimore, viveu um dos melhores momentos da reta final da carreira, registrando 9,5 sacks em 2023 e ajudando os Ravens a chegarem à final da AFC contra o Kansas City Chiefs.
Nos Panthers, assinou em 2024 um contrato de dois anos, mas terminou a temporada com 5,5 sacks e 46 tackles, sendo dispensado em maio de 2025.