Terminamos o 10º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), um evento grandioso, reunindo as mulheres do país inteiro. É considerado um dos maiores do mundo e também, ao final dele, produzimos uma carta para a COP-30 que será levada em nome das mulheres.
Na abertura teve um evento extraordinário com a senadora e ex-ministra Tereza Cristina e o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Personalidades passaram pelo evento, muitos temas foram abordados, inclusive Direito Agrário, tudo isso aconteceu nesse congresso cujo tema central foi “Mulheres que mudam o mundo para melhor”.
Trago um exemplo importante de uma cadeia produtiva que considero a mais exigente sob o ponto de vista de cuidado, de nutrição, de bem-estar animal e que envolve mais de 1 milhão de produtores no país. Conversei com Bárbara Solero, gerente-executiva de Agricultura Regenerativa da Nestlé, que é a maior companhia de alimentos do mundo e de leite do planeta e tem uma novidade que foi lançada nesse congresso.
“A Nestlé vem de uma jornada de assumir o compromisso global da descarbonização das cadeias. O que trazemos de novidade para essa cadeia pulverizada e talvez muito informal, com pequenos e médios produtores e com muita dificuldade as vezes de acesso a informação, a financiamento, o leite é uma fatia importante das nossas emissões porque é uma matéria relevante no Brasil. Nossa operação é a maior de compra de leite da Nestlé globalmente e estamos desde 2022 intensificando as ações junto aos produtores para promover as práticas regenerativas e, ao final, para termos a descarbonização. Já treinamos muitos produtores, intensificamos assistência técnica, mas agora falta, de fato, esse acesso para financiar os próximos investimentos que vão trazer para os produtores maior produtividade e eficiência e o carbono nós falamos que é a consequência. Mas a Nestlé junto com o Banco do Brasil fez uma parceria para dedicar R$ 100 milhões para essa cadeia e para os pequenos e médios produtores, facilitando esse acesso, garantindo esses investimentos que serão direcionados para a melhoria de eficiência e produtividade, dando esse suporte junto ao produtor de planejamento técnico e financeiro da propriedade. Mas que de fato essa parceria quebra uma barreira importante para a escala da agricultura regenerativa que é o acesso a financiamento”.
Esse é um exemplo que tem de inspirar a todos no CNMA. Falamos de cadeias produtivas, da ciência, da genética, até o consumidor final e esses exemplos de investimentos desse tipo, são eles que efetivamente a curto prazo nos levam para mudar o mundo para melhor, o agro brasileiro para melhor, e mudar as pessoas para melhor.


*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
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