Cidades do Rio Grande do Sul, como a região de Rio Pardo, receberam mais de 250 mm de chuva em apenas 48 horas. Por enquanto, o saldo da tragédia é de quase dois mil pessoas desalojadas, duas mortes e danos em 86 municípios, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil do estado.
Até o momento, uma pessoa segue desaparecida. Em seis municípios gaúchos (Santa Maria, Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul, Arvorezinha, Jaguari e Santa Cruz do Sul) as pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências.
Chuvas causaram enchentes, deslizamentos, bloqueios de rodovias e evacuações emergenciais. A Defesa Civil avalia possibilidade de decretação de situação de emergência e estado de calamidade pública em alguns municípios gaúchos.
Na cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, devastada com as enchentes de 2024, os moradores voltam a conviver com o temor das cheias. Por lá, mais de 100 mil moradores estão sendo afetados por alagamentos, bloqueios no transporte público e vias intransitáveis. Mais de 400 pessoas precisaram deixar as suas casas.
A prefeitura do município decretou situação de emergência na noite desta quarta-feira (18).
Porto Alegre embaixo d’água?
As autoridades não descataram uma nova cheia em Porto Alegre, a exemplo da tragédia do ano passado. A expectativa é que o nível do Rio Guaíba subirá rapidamente até o fim de semana.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho de perigo de fortes chuvas em áreas de todo o estado.
Previsão nos próximos dias
De acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, o estado ainda deve conviver com volumes de chuva superiores a 100 mm nos próximos dias.
Associado a isso, na próxima segunda e terça-feira (23 e 24), a temperatura despenca na Região Sul. Em áreas de baixada, os termômetros podem zerar, ou seja, há expectativa de geada no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.