Em entrevista ao site da Fifa, o ex-zagueiro John Terry, lenda do Chelsea e atualmente embaixador do clube inglês, falou sobre o novo Mundial de Clubes, que terá sua 1ª edição com 32 participantes em 2025.

O britânico foi sincero sobre a “lenda” de que os europeus não ligam com o torneio e assegurou que as equipes do “Velho Continente” se “importam 100%” com a competição internacional, ressaltando inclusive que os Blues “vão com tudo” para ganhar nos Estados Unidos no ano que vem.

Terry também se disse animado em ver os clubes sul-americanos no certame, já que todos sempre tratam o Mundial como uma “vitrine” para mostrar sua força contra adversários do resto do planeta.

Vale lembrar que três times brasileiros (Flamengo, Palmeiras e Fluminense) já estão classificados como representantes da Conmebol na competição.

“Eu já fui perguntado sobre isso [importância dada pelos europeus ao Mundial] algumas vezes… Quando eu era jogador, me questionavam: ‘Vocês realmente se importam com o Mundial de Clubes?’. E minha resposta é: sim, absolutamente. Então, como clubes de futebol, nós vamos estar 100% preparados para jogar e vamos para ganhar. Claro que haverá muitos times fortes na disputa, mas, da perspectiva dos jogadores, sempre ficaram falando na minha geração, e também na geração antes da minha, que a competição ‘não importa’. Pelo contrário: ela importa 100%”, iniciou o ex-capitão dos Blues.

“Então, como clube de futebol, nós estamos muito animados e honrados de estar no Mundial. Vamos com tudo e levaremos nossos melhores jogadores, nosso melhor elenco, e deramos nosso melhor, porque é isso que nossos torcedores querem ver. Estou muito animado que o Chelsea fará parte de tudo isso”, seguiu.

“Acho, inclusive, que, para o momento atual do Chelsea, é uma notícia muito boa o fato de participar, porque é mais uma oportunidade de conquistar um grande troféu. Da nossa perspectiva na Inglaterra, vejo também os times da América do Sul jogando um futebol muito legal, com talento puro e verdadeiros”, exaltou..

“Para esses caras [sul-americanos], o Mundial também é uma vitrine, pois eles podem medir forças com equipes como Real Madrid, Chelsea e outros clubes da Premier League, além do resto do mundo. Os sul-americanos vão para lá com tudo para mostrar o poder de seus clubes, então deixa tudo ainda mais legal”, complementou.

Terry também ressaltou a oportunidade “única” que é disputar um Mundial de Clubes e inclusive lembrou que, em sua única chance de ganhar o troféu, não conseguiu, já que o Chelsea foi derrotado pelo Corinthians na final de 2012.

“Jogar o Mundial é incrível, do meu ponto de vista, porque engloba toda uma história. Primeiro, você ganha a sua liga nacional e se classifica para a Champions League. Depois, ganha a Champions league e se classifica para o Mundial. Aí, você se testa contra os melhores do mundo, e isso é algo que não vemos a todo momento”, argumentou.

“Na minha geração (no Chelsea), nós ganhamos a Champions League uma vez. Depois, infelizmente, não pude jogar a Supercopa da Uefa porque estava suspenso. Você geralmente tem uma chance na vida de jogar esses grandes torneios, talvez duas se tiver sorte. Se você for o Cristiano Ronaldo ou o Messi, talvez tenha a chance de jgoar várias vezes (risos)”, brincou.

“Então, acho que, para um jogador normal, jogar torneios como o Mundial não é algo que acontece toda hora, então é importante aproveitar esses oportunidades. E, quando essas oportunidades se apresentam, como na perspectiva do Chelsea, você tem que lutar para ganhar um troféu e se testar contra os melhores. Esse troféu (do Mundial) era um que eu adoraria ter vencido e adicionado à minha coleção. Infelizmente, agora estou um pouco maisvelho (risos)… Eu perdi a chance, mas ainda é muito legal ver tantos times top competindo”, finalizou.