ZURIQUE (Reuters) – O órgão regulador do mercado financeiro suíço, Finma, ordenou uma auditoria sobre a forma como o Credit Suisse lidou com os eventos que levaram à sua extinção em 2023, quando o banco foi adquirido por seu rival de longa data, o UBS, informou o jornal suíço SonntagsZeitung no domingo.
De acordo com o jornal, a Finma está analisando os 15 meses anteriores à fusão orquestrada pelo Estado em março do ano passado, para a qual, segundo o jornal, foram entrevistados cerca de uma dúzia de funcionários atuais ou antigos dos dois bancos.
Para realizar a auditoria do gerenciamento de crises no Credit Suisse, a Finma contratou o escritório de advocacia Wenger Plattner, que conduziu as entrevistas, informou o jornal.
Essa nomeação foi feita após o que o jornal disse ser uma ordem ‘secreta’ emitida pela Finma em setembro de 2023, informando aos bancos que queria analisar como o Credit Suisse lidou com a crise. As entrevistas com a equipe devem mostrar se as autoridades foram enganadas pela então administração do Credit Suisse, disse o jornal.
A Finma e a Wenger Plattner, o Ministério das Finanças da Suíça e o Banco Nacional Suíço não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters. O UBS não quis comentar.
A investigação abrange questões como quando ficou claro que o Credit Suisse não poderia mais ser salvo, como era a liquidez do banco, como estava seu patrimônio líquido e como era sua administração em geral, disse o jornal