Johnny Ramone, um dos principais ícones do punk rock e fundador da lendária banda The Ramones, nasceu como John William Cummings, em 8 de outubro de 1948, em Nova York.

Ao longo de sua carreira, ele ajudou a moldar o som do punk rock e influenciou gerações de músicos com seu estilo único e intransigente.

Johnny Ramone cresceu em uma família de classe trabalhadora, filho de um operário da construção civil. Desde jovem, foi uma figura rebelde e inquieta, envolvido em brigas e pequenos delitos durante a adolescência.

Seu primeiro contato com a música veio através do rádio e dos discos que seu pai trazia para casa, o que despertou nele uma paixão pela música de artistas como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e os Beatles.

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O rock and roll tornou-se sua válvula de escape, e logo ele decidiu que queria se envolver com música, apesar de não ter nenhuma experiência com instrumentos.

Durante a juventude, Johnny também teve sua fase de rebeldia extrema, o que incluiu comportamento violento e uma forte recusa em seguir regras ou expectativas sociais.

Sua postura o afastava de seus colegas e, ao mesmo tempo, o aproximava da cena underground de Nova York, que começava a florescer na década de 1960.

The Ramones

Foi na maior cidade dos Estados Unidos que Johnny se juntou a Dee Dee Ramone (Douglas Colvin), Tommy Ramone (Thomas Erdelyi) e Joey Ramone (Jeffrey Hyman) para formar os Ramones, em 1974.

A ideia da banda surgiu de uma insatisfação com o que eles viam na música mainstream da época. O cenário era dominado por longos solos de guitarra e produções elaboradas, algo que Johnny desprezava. Ele queria devolver ao rock and roll sua simplicidade e energia primal.

Johnny adotou uma abordagem minimalista para tocar guitarra, sem performar solos, com preferência a acordes rápidos e diretos. Ele desenvolveu o estilo de downstroke rápido e agressivo, que se tornou uma marca registrada dos Ramones e ajudou a definir o som do punk rock. A filosofia de Johnny era clara: música rápida, simples e sem frescuras, o que contrastava com a complexidade técnica que dominava a música rock da época.

Dentro dos Ramones, Johnny era uma figura dominante. Descrito muitas vezes como autoritário, ele assumiu o papel de líder da banda e tomou decisões que garantiam que os Ramones mantivessem sua identidade ao longo das décadas.

Enquanto outros membros da banda, como Dee Dee e Joey, lutavam com problemas pessoais e abuso de substâncias, Johnny se manteve firme garantia que a banda continuasse a gravar e fazer turnês.

Ele tinha uma personalidade forte e, muitas vezes, seus conflitos com Joey Ramone eram públicos. Mesmo assim, Johnny via os Ramones como uma empresa eficiente, que não poderia se desintegrar por questões pessoais.

A relação tensa entre Johnny e Joey era evidente, mas o respeito mútuo pelo trabalho que faziam juntos manteve a banda unida até o final.

Johnny Ramone pessoalmente

Fora dos palcos, Johnny era uma figura disciplinada e conservadora. Diferentemente de muitos de seus colegas músicos, ele evitava o uso de drogas e o álcool e levava uma vida regrada. Fã de beisebol e cinema, Johnny colecionava memorabilia de filmes de terror e clássicos do cinema norte-americano.

Ele também foi um dos poucos na comunidade punk a se posicionar politicamente à direita, ele era um conservador e apoiador fervoroso do Partido Republicano e do presidente Ronald Reagan.

Os Ramones lançaram 14 álbuns de estúdio e quatro ao vivo; seu último show ocorreu em 6 de agosto de 1996, em Los Angeles. Em 1996, Johnny se aposentou dos Ramones depois de mais de duas décadas de gravações e turnês incessantes.

Johnny faleceu em 15 de setembro de 2004, aos 55 anos, por causa de um câncer de próstata que enfrentava há cinco anos. Mesmo depois de sua morte, seu legado continua a influenciar o mundo da música, com os Ramones reconhecidos como uma das bandas mais influentes da história do rock.

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Seu estilo de tocar guitarra influenciou uma geração de músicos punk que emergiram no fim dos anos 1970 e começo dos anos 1980. Bandas como The Clash, Sex Pistols e Dead Kennedys foram diretamente inspiradas pelos Ramones, que apresentavam uma abordagem crua e energética à música.

Além de sua importância musical, Johnny também ajudou a estabelecer o ethos do punk: rebelião, independência e autenticidade. Ele acreditava que qualquer um podia pegar uma guitarra e fazer música, desde que tivesse atitude e paixão. A filosofia “faça você mesmo” tornou-se o alicerce do movimento punk e continua a funcionar até hoje.

Hoje, Johnny é lembrado como um dos maiores guitarristas de punk e um dos maiores defensores da essência do rock and roll. Sua influência vai muito além dos Ramones e é sentida em todos os cantos da música contemporânea.

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