Um dos mecânicos responsável por realizar o conserto no caminhão que causou o acidente que matou nove pessoas na BR-376, neste domingo (20), prestou depoimento para a Polícia Civil. A corporação não informou o que foi dito por ele durante a oitiva.

Ele prestou depoimento nesta quarta-feira (24) e foi chamado após o condutor da carreta afirmar aos policiais que o veículo apresentou problemas antes de sofrer o acidente na altura do km 665 da rodovia, em Guaratuba. Um outro mecânico também iria prestar depoimento, mas segundo a investigação, não pôde comparecer.

O inquérito está em fase inicial de apuração. Segundo a polícia, o condutor do caminhão deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Imagens do sistema de monitoramento da concessionária responsável pelo trecho serão utilizadas para compreender o acidente.

Os investigadores também aguardam o resultado de análises periciais para apontar a dinâmica dos fatos. O caminheiro vinha de Santos (SP) e seguia para a Argentina transportando peças automotivas quando perdeu o controle da carreta e tombou sobre uma van que transportava atletas de remo da cidade de Pelotas (RS).

Nove dos dez ocupantes da van, sendo o motorista e oito membros da equipe, morreram no local. Apenas um jovem de 17 anos sobreviveu. Ele foi encaminhado para um hospital em Joinville (SC) e já teve alta. Os corpos das vítimas foram levados por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Rio Grande do Sul, onde foram sepultados.

O advogado do motorista do caminhão, Richard Noguera, disse por meio de nota que ele dirigia de forma prudente e compatível com a velocidade da via, não havia ingerido bebidas alcoólicas ou qualquer substância entorpecente. A defesa informou que o condutor está à disposição para prestar esclarecimentos.