Giselda Topper, esteticista do Rio Grande do Sul, afirma ser filha de Leonel Brizola, com base em um teste de DNA que atesta 99,99% de probabilidade de parentesco. Especialistas consideram esse resultado suficiente para comprovar o vínculo.
+ Leia mais notícias de Brasil em Oeste
Em 19 de agosto de 2005, Giselda começou um processo na 13ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O caso tramitou em segredo por causa de sua natureza e assim permaneceu, mesmo depois de sua extinção.
Detalhes do exame de DNA
Os exames foram realizados na clínica Genealógica, no Rio de Janeiro, com sangue de Giselda, sua mãe e dois filhos de Brizola. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o resultado, divulgado em 2008, aponta Giselda como a única filha viva de Brizola.
Rodrigo Soares de Moura Neto, biólogo, assinou o laudo afirmando: “Probabilidade de 99% de certeza em favor do vínculo proposto”. Apesar disso, em maio de 2008, a juíza Monica Poppe Fabiao extinguiu o processo.
A importância da genética no caso
Rodrigo Neto, doutor em ciências e professor de genética da UFRJ, afirmou à Folha que amostras de dois ou três filhos do mesmo pai aumentam a força estatística para um resultado conclusivo.
Rodrigo Rodenbusch, do Peritos Lab, explicou que a participação da mãe é crucial para separar o material genético paterno. Ele comentou que testes diferentes podem ter usado números distintos de parentes ou informações genéticas.
Tentativas de exumação e arquivamento do processo
Em 2008, Giselda, com a advogada Vanessa Wolf, tentou garantir a exumação dos restos mortais de Brizola, mas o pedido foi negado. O processo foi arquivado em 2013, sem que ela tivesse acesso aos autos.
João Otávio, em seu livro Minha Vida com Meu Pai, Leonel Brizola, relatou infidelidades do político que perturbavam sua mulher, Neusa. Giselda lembra de Neusinha dizendo: “Você é idêntica ao meu pai”.
A história de vida de Giselda
Giselda, nascida em 1954, em Porto Alegre, foi criada por um tio e enviada a um internato. Ela soube sobre seu suposto pai por um deslize do tio. A paternidade era um tabu em sua casa.
Alma Topper, mãe de Giselda, trabalhou para a família Brizola e mencionou que ele segurou Giselda no colo. “Neste momento, só fiquei eu e a consequência”, disse Giselda. “E o meu teste de DNA.”