A banda norte-americana volta ao Brasil depois de 17 anos para apresentações em São Paulo neste domingo, 24, e no Rio de Janeiro na terça, 26
Formada em Los Angeles nos anos 1970, a Toto é um exemplo de longevidade na música. Dona de hits como “I’ll Be Over You“, “Hold the Line“, e “Africa“, a banda está de volta ao Brasil após 17 anos sem tocar por aqui para duas apresentações — em São Paulo, neste domingo, 24, e no Rio de Janeiro na próxima terça, 26.
Em conversa com a Rolling Stone Brasil, Steve Lukather — membro original da banda — fala sobre a turnê Dogz Of Oz, que trouxe a banda de volta ao país. Ele explica que uma das coisas que mais gosta em relação à série de shows é estar com os amigos no palco. O artista fala com surpresa sobre o tempo de estrada da banda e relembra os membros que já não estão em atividade.
Quando falamos sobre o que terá de melhor para os fãs durante a passagem por aqui, o guitarrista fala que será um “show à moda antiga.” “Podemos não ser os caras mais bonitos do mundo, mas tocamos pra caramba,” brinca o músico. Ele também se mostra animado em estar de volta ao Brasil. “Eu amo a cultura, estou tão animado!”
O músico se lembra de ter se divertido muito quando esteve aqui há 17 anos, mas brinca que aqueles eram “anos loucos” e não tem tantas memórias. “Agora eu não bebo mais, somente um café pela manhã,” diz. “Eu só sei que amo fazer isso, não conheço outra vida. Só sei fazer música.”
“Eu sinto muito que tenha demorado tanto para voltar. Não fazia sentido financeiramente, porque é muito caro,” explica sobre o que fez com que a banda ficasse distante da América Latina por tanto tempo. Para compensar, ele garante um show com todos os hits. “Ninguém está vindo para ver como minha bunda fica nos meus jeans!”
Hit atemporal
Apesar de não passar pelo Brasil há algum tempo, Lukather se mantém próximo dos fãs de alguma forma e, apesar de não ser um usuário assíduo de redes sociais, o músico sabe que os brasileiros sempre se fazem presentes online. Para ele o mais importante é a mensagem que se transmite através da música.
E é impossível falar de Toto sem citar “Africa.” A faixa, lançada originalmente no álbum Toto IV, de 1982 é até hoje o maior sucesso da banda e acumula mais de um 1,9 bilhão de streamings só no Spotify. Steve lembra que a música foi “a última que achamos eu faria tanto sucesso.”
Falamos ‘vamos fazer essa canção boba. A letra foi a última coisa que entrou e quando eu li falei ‘Por favor, David [Paich, compositor da faixa ao lado de Jeffrey T. Porcaro], somos de Los Angeles, o que sabemos sobre a África?
Ele confessa que as canções que ele achava que seriam grandes sucessos, por outro lado, acabaram não se tornando tão grandes como imaginava, com exceção de “Hold The Line” e “Rosanna,” – dos álbuns Toto (1978) e Toto IV.
Lukather comenta a importância de outras mídias para que novas gerações conhecessem o trabalho da banda. A Toto esteve em Stranger Things (2016), Aquaman (2018) e na franquia de jogos Grand Theft Auto. “Então eles vêm aos nossos shows e ficam ‘eu não sabia que essa música é delas’.”
A primeira vez de um veterano
O cantor e compositor Joseph Williams foi parte da Toto entre 1986 a 1988 e retornou à banda em 2010. Essa é a primeira vez que o artista vem ao Brasil com o grupo. Falando à Rolling Stone Brasil sobre estar aqui pela primeira vez o músico se mostra “muito animado.”
“Temos um set incrível, uma ótima lista de músicas e eu creio que a plateia por aqui seja maravilhosa,” diz o cantar que espera se divertir muito. “Faz anos que a banda esteve por aí, então tudo parecerá novo.” Assim como Lukather, Williams reafirma que banda passará por todos os hits e promete uma música que a banda nunca apresentou ao vivo.
Apesar do cansaço que as viagens frequentes em uma turnê podem causar, o artista diz que as apresentações compensam. A Toto participou de uma turn~e conjunta com outra banda icônica, a Journey por arenas ao redor do mundo.
Williams também abordou o sucesso da banda com as gerações mais novas e garante que – além da idade — não há tanta diferença em relação à fãs mais velhos. “Há muitas pessoas jovens que se interessam por músicas dos anos 1970 e 1980, elas são sempre bem-vindas.”
O músico conta que por nunca ter estado aqui, tocar no Brasil será o início da relação com fãs brasileiros. “Será muito legal, mal posso esperar. Para mim é tudo novo. Será incrível tocar par essas pessoas e conhecê-las,” finaliza.
Serviço | São Paulo
Data: 24/11/2024
Abertura dos Portões: 19h
Saudade: 20h
TOTO: 21h
Local: ESPAÇO UNIMED
Endereço: R. Tagipuru, 795 – Barra Funda, São Paulo – SP, 01156-000
Classificação etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.
Ingressos: Eventim
Serviço | Rio de Janeiro
Data: 26/11/2024
Abertura dos Portões: 18h
Saudade: 19h
TOTO: 19h55
Local: ARENA JOCKEY
Endereço: Praça Santos Dumont, 31. Gávea. CEP 22470-060 – Rio de Janeiro – RJ
Classificação etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.
Ingressos: Eventim
+++LEIA MAIS: Antes de segunda pausa, banda Toto toca clássico Africa com tecladista David Paich; assista
+++LEIA MAIS: Lenny Kravitz faz show com ar de festival e embala o público com hits em SP
+++LEIA MAIS: Apresentação do Journey no Rock in Rio deixa a desejar e provoca críticas