O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o Paraguai depois de o presidente Santiago Peña reconhecer Edmundo González como presidente eleito da Venezuela. O comunicado foi divulgado na última segunda-feira, 6.
González disputou as eleições para a Presidência da Venezuela, em julho de 2024. A oposição apresentou atas que provam a vitória do candidato, mas o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro como eleito. O órgão tem influência direta do ditador.
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No domingo 5, Peña usou uma rede social para informar que conversou com Edmundo González e com María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, em uma reunião virtual. O paraguaio pediu a união dos países da América do Sul para defender a vontade popular e combater regimes autoritários.
“Reafirmei o meu apoio à democracia e à vitória de González como presidente, lembrando que análises internacionais independentes do processo eleitoral e da contagem dos votos confirmaram a sua ampla vitória nas eleições presidenciais de julho”, disse Peña.
Venezuela expulsa diplomatas
Depois da declaração, o governo venezuelano anunciou a expulsão dos diplomatas paraguaios. Em resposta, o Paraguai determinou a saída de todos os diplomatas venezuelanos, o que inclui o embaixador.
Maduro deve tomar a posse do terceiro mandato na próxima sexta-feira, 10. Vários países, o que inclui os Estados Unidos, reconheceram González como presidente legítimo. O ex-candidato à Presidência, exilado desde setembro de 2024, planeja retornar à Venezuela para a posse.
Enquanto isso, as autoridades venezuelanas emitiram uma ordem de prisão contra González e ofereceram uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à sua captura.