A Justiça Federal no Paraná condenou oito integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). As autoridades acusam essas pessoas de planejar o sequestro do ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União Brasil/PR).
A juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal em Curitiba, foi quem tomou a decisão. A Justiça, no entanto, denunciou e absolveu outros três criminosos. Dois deles, contudo, morreram na prisão em consequência, principalmente, de o plano ganhar publicidade primeiramente na mídia.
Moro: alvo por decisões no governo Bolsonaro
Conforme a denúncia que os membros do judiciário acataram, o motivo do sequestro seria a atuação do ex-juiz da Lava Jato como ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A denúncia cita ao menos dois motivos: as transferências de integrantes do PCC para presídios federais e a proibição de visitas íntimas. Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço-direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, é suspeito de ter sido o mandante da tentativa de extorsão mediante sequestro do ex-juiz da Lava Jato.
Condenados e respectivas penas; confira
- Claudinei Gomes Carias, 14 anos e nove meses de reclusão
- Franklin da Silva Correa, 11 anos, quatro meses e quinze dias;
- Herick da Silva Soares, 11 anos, quatro meses e quinze dias
- Aline Arndt Ferri, 8 anos, seis meses e dezessete dias
- Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, 8 anos, seis meses e dezessete dias
- Aline de Lima Paixão, 8 anos, seis meses e dezessete dias)
- Hemily Adriane Mathias Abrantes, 5 anos, cinco meses e sete dias
- Oscarlina Lima Graciote, 5 anos, cinco meses e sete dias de reclusão
Em março de 2023, a Polícia Federal chegou a realizar uma operação para cumprir 11 mandados de prisão e diligências contra integrantes do PCC que se envolveram no plano contra o ex-ministro da Justiça. A ação recebeu o nome de Sequaz, que se refere a quando alguém segue outra pessoa.
Moro, conforme a investigação da Polícia Federal, esteve sob monitoramento da facção que chegou a realizar uma tentativa frustrada de sequestro. Um clube em Curitiba, onde o ex-juiz da Lava Jato votou em 2022, esteve no raio de monitoramento dos criminosos. A investigação começou depois que os investigadores obtiveram informações do plano de sequestro a partir de uma conversa com um integrante do PCC que passou a colaborar com a Justiça.
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