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Diocese desenvolve ações ecológicas | Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – O óleo de cozinha é altamente poluente e seu descarte incorreto é capaz de gerar uma série de malefícios ao meio ambiente, como a impermeabilização e a contaminação do solo, entupimento de redes de esgoto e poluição dos lençóis freáticos. É um tipo de poluição que compromete diversos ecossistemas e afeta diretamente diversos espécimes e seus habitats. Estudos indicam que um litro de óleo pode contaminar mais de 20 mil litros de água.

Desenvolvido pela Caritas Diocesana de Ponta Grossa desde 2021, o Projeto Sabão Solidário já tirou do meio ambiente 6.900 litros de óleo de cozinha usado. Depois de arrecadado, esse óleo foi processado e se transformou em mais de 44 mil barras de sabão. Comercializado a R$ 3 a unidade, o sabão resultou em mais de R$ 30 mil, que ajudam na manutenção da Caritas. O volume se refere ao período de 2021 a 2024.

Ainda na área da ecologia, a Caritas realiza desde de 2023 o Projeto Educação Ambiental/Preservando a casa Comum. Em dois anos, cerca de 700 catequizandos passaram por oficinas sobre material reciclado, cuidado com os rios, mudanças climáticas e cuidados diante de desastres naturais.

Outra vertente de atuação da Diocese de Ponta Grossa é a energia solar. Energia limpa, renovável e sustentável, ela é obtida diretamente do sol, sem emitir poluentes na atmosfera. A energia solar contribui para a redução do uso de combustíveis fósseis, ajuda a combater as mudanças climáticas, não gera resíduos.

Em dados de junho de 2024, sete paróquias utilizam algum meio de sustentabilidade. Na Catedral/Paróquia Sant’Ana, desde novembro de 2023, existem 41 módulos e dois inversores, o que fez com que a conta de energia elétrica reduzisse em 80% aproximadamente. Na Paróquia Santa Rita de Cássia, a igreja matriz utiliza energia solar. São 12 placas desde o final de 2022. A iniciativa diminuiu pela metade o valor das contas de energia. A matriz também reaproveita a água da chuva em uma caixa d’agua para lavagem das calçadas e limpezas. Iniciativas parecidas são desenvolvidas na matriz da Paróquia Nossa Senhora da Luz, de Irati; São João Batista, de Irati, Nossa Senhora do Rosário, de Ponta Grossa: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Ponta Grossa: Santa Teresinha do Menino Jesus e Paróquia Senhor Bom Jesus, também de Ponta Grossa

Tampinhas e lacres de latas podem causar impacto negativo no meio ambiente. O plástico pode demorar mais de 400 anos para se decompor. O descarte inadequado de tampinhas pode liberar substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente. Essas substâncias podem contaminar o solo e os alimentos cultivados nele. Muitas vezes acabam nos oceanos prejudicando o ecossistema marinho.

Um projeto criado em dezembro de 2019 pela Comunidade Servos dos Pobres arrecada e vende de lacres plásticas e de metal para conseguir recursos para a fabricação de fraldas geriátricas para pessoas carentes não só de Ponta Grossa, mas também de Ipiranga, Guamiranga, Reserva, Ventania, Castro, Irati e até Palmeira, cidade que não pertence à Diocese de Ponta Grossa. De 2019 até hoje, foram vendidos 78.156 quilos de tampas e lacres, e, produzidas e doadas 193.500 fraldas. 70 pessoas são assistidas continuamente pelo projeto.

“Além de não deixar esse material ir para a natureza, ainda ajudamos muitas pessoas”, afirma o coordenador do projeto Paulo Bueno de Camargo. Existem diversos pontos de coleta espalhados pela cidade: são farmácias, supermercados, lojas, igrejas, escolas, centros de educação infantil – e também famílias que se dispõem a guardar as tampas. O transporte é feito por voluntários. A Comunidade Servos dos Pobres completa 26 anos em 2025. Ela foi criada em agosto de 1999. Tem por missão a oração e a caridade.

O cuidado com a casa comum está intrinsecamente ligado ao carisma e forma de vida dos Franciscanos. São Francisco de Assis é conhecido popularmente como o santo patrono da ecologia. Seu profundo amor pela Criação e sua relação íntima com todas as criaturas de Deus inspiram a viver em harmonia com a natureza e a promover a justiça ecológica.

Dentro desse espírito, a Paróquia Senhor Bom Jesus, cuidada pastoralmente pela Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, desenvolve há quase três anos, na comunidade matriz, o Projeto Paróquia Ecológica que, por intermédio da reflexão e sensibilização dos paroquianos, acabou com o uso de copos plásticos e passou a separar o lixo nas festas. Os copos plásticos também foram banidos dos encontros da Catequese e das formações e confraternizações com refeição. Para este ano, está se pensando em substituir os recipientes usados para porção, que são de plástico, por vasilhas biodegradáveis, que não agridem a natureza. Esse trabalho pioneiro foi levado às 18 paróquias que integram a Província São Lourenço de Brindes do Paraná e Santa Catarina.

Por essas ações, a paróquia foi uma das cinco pré-selecionadas no Paraná para fazer parte do Projeto Festas Sustentáveis, idealizado pelo Regional Sul 2. “Como já tinha a ideia, inscrevi a paróquia e ela está pré-selecionada. Teremos uma reunião com a equipe local e a do Regional, quando irão oficializar a paróquia como parte integrante do projeto, que inclui separação do lixo e ideia afins”, conta o pároco da Senhor Bom Jesus, frei José Aparecido Tosta. A paróquia se utiliza ainda da produção de energia via sistema solar, conta com uma cisterna de 30 mil litros para captação da água da chuva e está remodelando o estacionamento da igreja para plantar ali 15 árvores.

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