Marisa Lobo – 22/08/2024 11h00
Nós, cristãos, somos diariamente desafiados a ter um bom exemplo de vida, uma vez que isso implica em seguir um princípio bíblico, conforme ensina o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11:1, quando somos exortados a imitá-lo, assim como ele imitou a Jesus, e isso tem muito a ver com responsabilidade social.
Sim, ter uma vida que agrada a Deus não se resume apenas aos aspectos espirituais como oração, leitura bíblica e adoração. Estes são primordiais, mas o cristianismo também diz respeito à nossa atuação como cidadãos na sociedade, cujo objetivo é ser “sal e luz” para o mundo (Mt 5:13-16).
O próprio apóstolo Paulo tinha ciência disso, não por acaso buscou fazer a sua parte, por exemplo, pregando diariamente não só nas sinagogas, mas também em “ágoras” (reuniões públicas da antiga Grécia). Foi também no Areópago (tribunal superior dos gregos), onde ele fez o seu maior discurso em defesa do cristianismo, o qual é narrado em Atos 17:16-34.
A responsabilidade social na vida de Paulo também era vista por sua preocupação com os pobres e viúvas, como podemos ver nas suas observações feitas em 1 Timóteo 5:3-7. Algo também presente no olhar dos profetas do Antigo Testamento, conforme Isaías 1:23 demonstra.
O próprio Jesus Cristo, quando questionado sobre impostos, reconheceu a legitimidade das leis ao dizer a famosa frase “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. No centro dessa questão está o caráter da Justiça como fundamental, algo que podemos observar, também, seu nível de importância em Levítico 19:15, quando diz: “Não cometa injustiça em um julgamento; não favoreça os pobres nem agrade aos poderosos, mas julgue o seu próximo com justiça.”
Como podemos notar, portanto, a responsabilidade social na vida do cristão faz parte do seu dia a dia, tanto quanto disseminador do Evangelho, como também sendo um agente político, por exemplo, através das suas escolhas partidárias, ideológicas, e no respeito às leis vigentes.
O grande desafio, finalmente, é conseguirmos influenciar o mundo, em vez de sermos influenciados por ele. É praticarmos a justiça pela justiça, e não por privilégios e interesses escusos. Devemos ter isso em mente para que possamos agir conforme a ética cristã, assumindo a nossa responsabilidade social diante de todos.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior. |
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