O Mirassol é a grande história do futebol brasileiro em 2025.

Depois de vencer o Vasco, em São Januário, o clube garantiu matematicamente na fase de grupos da Libertadores-26.

O Brasil inteiro já sabe que a população de Mirassol, 63.337 pessoas segundo o Censo de 2022, cabe inteira no Maracanã.

Mas será que a cidade do interior paulista tem o mesmo sucesso que o clube para tratar sua população?

Nem tanto.

Segundo o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Mirassol tem índices quase todos medianos em desenvolvimento econômico e social.

Mirassol tem um PIB per capita, a riqueza total dividida pelo número de habitantes, de R$ 43.778,54 anuais, valor que o coloca no 1.234º posto no ranking nacional e em 194º entre os 645 municípios paulistas.

Sempre segundo o IBGE, o rendimento médio dos trabalhadores formais de Mirassol era de 2,4 salários mínimos em 2023, o que o deixou na 823ª posição no Brasil e 238ª em São Paulo.

A taxa de mortalidade infantil de 9,04 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas é boa, mas fica longe das obtidas por muitos municípios paulistas, como São Caetano do Sul, 4,46 óbitos por mil nascidos vivos, e Presidente Epitácio (2,52).

Mirassol tem um excelente índice de Esgoto sanitário por rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, alcançando 96,18% das residências da cidade, mas apenas o 100º melhor do Estado de São Paulo.

Na educação, a cidade tem 98,92% das crianças de 6 a 14 anos nas escolas. O Estado de São Paulo tem mais de 50 municípios com 100% das crianças nas salas de aula.

Em 2012, na última vez em que foi divulgada uma lista municipal de IDH, o índice de desenvolvimento humano criado pela ONU, Mirassol ocupava o 151º lugar entre as cidades paulistas.

O sucesso do futebol vai fazer o caixa do Mirassol rivalizar até com o orçamento da cidade.

O quarto lugar no Brasileiro e a vaga na Libertadores devem garantir algo como R$ 120 milhões nas receitas do clube.

Para 2025, o orçamento da Prefeitura de Mirassol foi de R$ 360 milhões, sendo que R$ 112,2 milhões foram para a educação e R$ 83,7 milhões para saúde.