Na próxima quarta-feira (9), no MetLife Stadium, em Nova York (EUA), o Paris Saint-Germain terá um de seus maiores obstáculos em busca da final do Mundial de Clubes: enfrentar o todo-poderoso Real Madrid.
O clube merengue, recordista de títulos da Champions League (15), terá pela frente o atual e inédito campeão europeu que faz uma temporada perfeita até agora – quatro campeonatos, quatro taças.
Muito deste desempenho tem a ver com a chegada de Luis Enrique, técnico que ajudou a revolucionar o projeto do PSG em apenas contar com estrelas, mas sem um time altruísta, jogando junto.
Uma situação parecida com a que o próprio ex-jogador viveu quando atuou pelo Real na década de 1990: pré-era galáctica, ele foi importante; ao sair do Bernabéu, se tornou uma lenda dentro e fora de campo pelo Barcelona.
Hoje, o treinador é praticamente “antrimadridista” e já revelou em algumas oportunidades que nunca treinaria o antigo clube.
Naquelas cinco temporadas de Real (1991 a 1996), o meia-atacante viveu altos e baixos, e a renovação de contrato não saía. Vivendo uma crise esportiva e financeira à época, o clube de Madri tentava baixar os salários de vários atletas – como Sanchis, Rincón, Luis Enrique e Zamorano – para mantê-los.
Ao final, antes mesmo de saber de sua saída, o meia-atacante já passava por reconhecimento médico no Barça, segundo a imprensa espanhola. A forma como foi tratado pelo Real Madrid ficou na cabeça de Luis Enrique, e sua ida ao Camp Nou terminou por ser marcante.
Já como técnico, levou o Barcelona à tríplice coroa em 2014/15 (comandado pelo trio MSN, de Messi, Suárez e Neymar), e desde então rechaça assumir o Real.
“Creio que não exista alguém na história que tenha sido jogador de Barcelona e Real Madrid além de ser técnico de Barça e Real. Posso bater um recorde… mas não vou fazer”, disse Luis Enrique, rindo, em entrevista ao canal 3Cat em 2024. “É brincadeira, é brincadeira. Não tenho nenhuma intenção. Já provei e não quero mais”.
Após a histórica goleada do Barça no El Clássico de 2009 (6 a 2 no Bernabéu, quando Messi foi escalado pela primeira vez por Pep Guardiola como falso 9), o técnico foi às redes sociais e comemorou.
“Que maravilha ser torcedor do Barcelona e culé nesta noite. Fomos infinitamente superiores. Poucas vezes pude ver uma diferença tão grande. Que maravilha a Iniesta, Xavi e Messi, e Puyol marcando um gol! Foi um orgasmo futebolístico. Na casa do eterno rival, com um estádio lotado… Ou seja, uma obra de arte ao alcance de muito poucas equipes do mundo”.
Agora, Luis Enrique reencontra o Real Madrid em outras circunstâncias, pelo PSG, na primeira edição do Mundial de Clubes. Mas com certeza a vontade de vencer o “eterno rival” estará presente no banco de reservas.
Onde assistir a PSG x Real Madrid?
PSG x Real Madrid, às 16h (de Brasília) de quarta-feira (9), terá transmissão ao vivo pela CazéTV, disponível sem custo adicional no Disney+.