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a estratégia do diferimento de pasto que evita o prejuízo na seca

A série “Na seca o pasto pode secar, mas o boi não!“, do Giro do Boi, continua a fornecer um guia prático para a produção de carne na seca. No episódio da última sexta-feira (19), o doutor em zootecnia Iorrano Cidrini explicou quantos hectares de pastagem é necessário diferir em uma fazenda para garantir que o gado passe o período de seca sem perder peso.

O diferimento, também conhecido como “feno em pé” ou “vedação de pastagens”, é a tecnologia de vedar uma área de pasto no outono para ser utilizada no período mais crítico do ano, a seca. O objetivo é estocar forragem para que, quando o crescimento da pastagem estiver a zero, os animais tenham o que comer, garantindo o bom desempenho do rebanho.

O método SD: suprimento e demanda

A quantidade de hectares que o pecuarista precisa reservar vai depender do tamanho da propriedade e da demanda de pasto durante a seca. No entanto, de forma geral, a recomendação é diferir cerca de 30% da área da fazenda.

Para definir a quantidade exata de hectares, é necessário utilizar o método SD (Suprimento e Demanda). A primeira coisa a se fazer é estimar a demanda, definindo:

  • Categoria animal: Quais animais (bezerros, garrotes, etc.) e qual o peso deles.
  • Número de animais e tempo: Quantos animais vão ficar na área e por quanto tempo.
  • Consumo: Quantos quilos de matéria seca esses animais consomem por dia.

A partir desses dados, o pecuarista consegue saber a quantidade de pasto que ele vai precisar para alimentar o rebanho durante a seca.

Estimando a oferta e a eficiência de pastejo

Depois de estimar a demanda, o pecuarista precisa estimar o suprimento, ou seja, a quantidade de pasto que a área vedada oferece. A quantidade de matéria seca por hectare pode variar de 4.000 a 6.000 kg, dependendo do tipo de capim e do manejo.

É crucial também considerar a eficiência de pastejo. Uma parte do pasto diferido será perdida por pisoteio e acamamento. Por isso, a eficiência de pastejo deve ser calculada para a massa que será consumida. Com todos esses dados em mãos, o pecuarista consegue chegar à quantidade de hectares que ele precisa reservar para o período da seca e garantir o bom desempenho do seu rebanho.

Para mais detalhes sobre o diferimento e a suplementação na seca, acompanhe os próximos episódios da série do Giro do Boi.

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