Lawrence Maximus – 11/04/2025 12h23

Os benefícios nacionais da estratégia do tarifaço de Trump, nos Estados Unidos, deve levar em conta os objetivos declarados da política, os resultados econômicos observados, os efeitos estratégicos de longo prazo e os impactos setoriais específicos.
Ainda que a medida tenha sido amplamente criticada por parte da comunidade globalista e pró-China, é inegável que ela produziu ganhos pontuais e efeitos estratégicos em alguns setores dos EUA. Portanto, compartilho alguns objetivos centrais:
1. Conter o avanço econômico e tecnológico da China: A estratégia do “tarifaço” de Trump — ou seja, a imposição de tarifas elevadas sobre produtos chineses — tem como objetivo central conter o avanço econômico e tecnológico da China, em especial no contexto da disputa pela liderança global. Sobretudo, exige considerar aspectos econômicos, geopolíticos e estratégicos.
2. Conter práticas comerciais consideradas desleais: O tarifaço busca reagir a práticas como subsídios estatais chineses, roubo de propriedade intelectual e exigências de transferência de tecnologia. Trump argumentava que essas práticas prejudicavam empresas americanas e distorciam o comércio internacional – é preciso ressaltar que o comércio global (chinês) não respeita leis internacionais.
3. Reforço do discurso de soberania econômica: A retórica do “America First” visa reduzir a dependência de cadeias produtivas globais, especialmente da China, o que ganhou ainda mais relevância com a pandemia de Covid-19. Sobretudo, serve como uma barreira de proteção temporária para setores como aço, alumínio, semicondutores, maquinaria e agricultura.
4. Despertar geopolítico: O tarifaço serviu de alerta para outros países ocidentais sobre o grau de dependência em relação à China, incentivando iniciativas de diversificação de fornecedores e relocalização industrial (reshoring). Ao aplicar tarifas de forma unilateral e agressiva, Trump reconfigurou o tabuleiro de negociações comerciais, tanto com a China quanto com outros parceiros.
Conclusão:
O tarifaço de Trump foi uma estratégia ousada e disruptiva, que trouxe à tona um debate essencial sobre o papel da China na ordem econômica global. Como instrumento de contenção do domínio chinês, teve mérito político e estratégico, mesmo com ausência de uma coalizão internacional que reforçasse a pressão sobre Pequim.
Neste momento, grandes empresas e vários setores já estão colapsando na China – o ditador Xi Jinping, convidou a UE a trabalhar com o país asiático para resistir à “intimidação”, parte de uma campanha desesperadora!
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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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