Apenas um empate separa o Flamengo da final da CONMEBOL Libertadores. Após vencer a partida de ida da semifinal, o Rubro-Negro visita o Racing na noite desta quarta-feira (29), a partir das 21h30 (de Brasília), com uma missão que acompanha a trajetória da equipe no torneio.
Após dois jogos fora, Léo Ortiz deve ser o grande ‘reforço’ do time de Filipe Luís. Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, ele falou sobre o momento atual, lembrou os percalços e lições durante a temporada, mas ligou alerta para o próximo desafio em solo argentino.
Ortiz virou desfalque depois de sofrer uma distensão no ligamento do tornozelo direito na partida contra o Palmeiras, pelo Brasileirão. Desde então, não entrou em campo no jogo da ida contra o Racing e sequer viajou para encarar o Fortaleza, no último sábado (25).
Às vésperas de mais um confronto decisivo, o zagueiro lembrou os principais momentos vividos durante o mata-mata do certame continental e destacou a última experiência vivida na Argentina: derrota por 1 a 0 para o Estudiantes e classificação apenas nas penalidades, com muito sofrimento, algo que fica de lição para os cariocas.
“O momento mais marcante foi a vitória contra o Estudiantes, a classificação lá, que mostrou muito o caráter da nossa equipe. Às vezes as pessoas afastam o que é jogar bem e dar a vida, e nesse jogo demos a vida, colocamos muita raça para conseguir a classificação, mesmo às vezes não fazendo um jogo tão bonito, tão vistoso, que é o que as pessoas esperam da gente”, ponderou.
Na ocasião citada por Ortiz, o Rubro-Negro havia vencido por 2 a 1 no Maracanã e precisava apenas de um empate fora de casa para avançar no torneio. A vaga na semifinal, no entanto, só veio depois da disputa de pênaltis, após derrota por 1 a 0 no tempo normal. Pouco mais de um mês depois, a memória da ‘batalha’ no estádio Jorge Luis Hirschi retorna como aprendizado para o ‘El Cilindro’.
“Serve de lição. Precisamos conseguir aliar um pouco dos dois jogos contra o Estudiantes. O grande jogo tecnicamente que fizemos no primeiro jogo e a competitividade que tivemos no segundo, que foi o que fez com que a gente passasse. Talvez o nosso jogo não tenha encaixado tanto por muito tempo tecnicamente como foi no primeiro, mas competimos até o último minuto. Quanto mais a gente conseguir aliar isso contra o Racing vai nos dar muita chance de passar, porque é um time com mais qualidade, que vai nos causar um pouco mais de dificuldade e precisamos estar preparados para isso”, disse o jogador, que ainda ampliou o alerta para além dos jogadores.
“Outra lição que temos que ter é procurar não depender nada da arbitragem, porque a gente sabe que na Libertadores não dá para depender disso, e buscar no nosso futebol e na nossa competitividade ganhar o jogo e classificar”, completou.
No Flamengo desde o início de 2024, Ortiz busca sua primeira taça no principal torneio do continente. Se até 2019 o Flamengo não vencia a disputa há 38 anos, desta vez, a equipe tentar chegar em sua quarta decisão das últimas sete temporadas.
Do outro lado, o Racing vive o que considera a maior partida da história do clube em quase seis décadas, desde quando faturou a competição, em 1967.


