Nesta quarta-feira (1º), o Manchester City visita o Monaco, às 16h (de Brasília), no Estádio Louis II, pela 2ª rodada da fase de liga da Uefa Champions League.
A equipe francesa é um adversário que está “entalado” na garganta dos Citizens desde 2017, por ter eliminado o time inglês de forma traumática nas oitavas da Liga dos Campeões.
Na ocasião, o Monaco era comandado por Leonardo Jardim, português que atualmente faz sucesso no Cruzeiro, vice-líder do Campeonato Brasileiro.
O treinador montou um time muito ofensivo, que se destacava pela polivalência do volante Fabinho, dos meias Bernardo Silva e Lemar e dos atacantes Mbappé e Falcao García.
Na partida de ida, no Etihad Stadium, o poderoso City de David Silva, De Bruyne, Sané, Sterling e Agüero fez 5 a 3, abrindo vantagem importante para a volta.
No Principado, porém, o Monaco ganhou por 3 a 1, em atuação histórica de Mbappé e Fabinho, e eliminou os ingleses no antigo critério do gol fora de casa, que já não existe mais.
O time de Leonardo Jardim seguiria fazendo sucesso naquela Champions, arrasando o Borussia Dortmund nas quartas e só sendo parado pela gigante Juventus na semifinal.
Os Citizens de Pep Guardiola, por sua vez, viveram pela primeira vez o real sentimento de “fracasso” na Liga dos Campeões.
Em anos anteriores, o poderoso clube britânico também sofreu com eliminações nos mata-matas, mas sempre para gigantes como Real Madrid e Barcelona.
Contra o Monaco, por outro lado, os celestes de Manchester experimentaram um verdadeiro “trauma”, que deixou Guardiola completamente perplexo.
Em entrevista coletiva depois da famosa derrota por 3 a 1 no Louis II e da eliminação na Champions 2016/17, o próprio treinador admitiu que não conseguiu instruir seus atletas da melhor forma depois de abrir vantagem de dois gols na ida.
“Eu tentei convencê-los em todas as preleções que a gente tinha que vir aqui (ao estádio do Monaco) para tentar atacar e fazer mais gols. Meu erro foi que eu não consegui realmente convencê-los disso”, lamentou.
“Depois, eu consegui convencê-los no segundo tempo, mas aí já era tarde. Todos os técnicos cometem erros, mas acho que meu grande erro hoje não foi tático”, argumentou;
“Nossa eliminação pode ser resumida em algo simples: a diferença entre o que jogamos no primeiro e no segundo tempo. No segundo tempo, tentamos jogar e ganhar, como fiz durante toda a minha carreira. Mas o problema foi o primeiro tempo. A gente simplesmente não entrou em campo”, complementou.
Essa queda para o Monaco, aliás, iniciou uma série de eliminações traumáticas para os Citizens na principal competição europeia. Na sequência, o clube de Manchester caiu para Liverpool, Tottenham, Lyon, Chelsea (esta na final) e Real Madrid.
O ciclo só foi interrompido em 2022/23, quando o time de Guardiola, já totalmente reformulado em relação à temporada 2016/17, finalmente conseguiu o tão sonhado troféu.
A visita ao Principado, nesta quarta, deve servir para fechar de vez a ferida que está aberta há quase uma década…