O Hezbollah informou, neste domingo, 25, que encerrou a primeira fase das ações em resposta à morte do seu principal comandante, Fu’ad Shukr. O líder do grupo terrorista foi abatido por forças de Israel em uma ofensiva no mês passado, no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.
Conforme anunciou o Hezbollah, seus soldados dispararam mais de 320 foguetes em direção à região norte de Israel. Além disso, a estratégia de ataque contou com o uso de drones.
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Shukr é a figura mais importante do grupo apoiado pelo Irã a ser morto em anos. O ataque ocorreu poucas horas antes do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. De lá para cá, o Hezbollah vinha prometendo vingança.
Hezbollah responds with direct precision attack on Israel.
320+ strikes launched towards Israel in retaliation.
One of these caught on camera moments ago. pic.twitter.com/Rat7mhG35Q
— Mr AP (@MisterAP7) August 25, 2024
Com base no Líbano, o Hezbollah afirmou que atacou, principalmente, um alvo militar estratégico, além de plataformas do sistema de defesa antiaéreo de Israel. Os terroristas acrescentaram que a resposta completa levaria mais algum tempo.
De acordo com o comando, vários “alvos e quartéis inimigos” estão no plano de ataque. O grupo disse que “resistirá firmemente contra qualquer transgressão ou agressão sionista”.
Um dos líderes do Hezbollah afirmou que a resposta será proporcional às “agressões de Israel”. E destacou que seus soldados estão prontos para um confronto prolongado.
Em contrapartida, o Exército de Israel iniciou uma ofensiva contra “alvos terroristas” no Líbano. Agências internacionais informaram que os ataques israelenses mataram, pelo menos, três pessoas.
”Em um ato de autodefesa para dissipar essas ameaças, as Forças Armadas de Israel estão atacando alvos terroristas no Líbano, de onde o Hezbollah planejava lançar seus ataques contra civis israelenses”, afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari.
Tel-Aviv declara estado de emergência
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou estado de emergência no país quando eram 6h locais na capital, Tel-Aviv (0h em Brasília).O regime de alerta especial tem duração, em princípio, de 48 horas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse acompanhar “de perto” os acontecimentos. Um porta-voz do Pentágono afirmou que Washington está “disposto a apoiar” a defesa israelense.
Na sequência, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu realizou uma reunião com seu gabinete de segurança e prometeu fazer “tudo o que for necessário” para proteger os habitantes do norte de Israel.