Abel Ferreira admitiu que o Flamengo foi melhor que o Palmeiras na final da CONMEBOL Libertadores deste sábado, no Estádio Monumental, em Lima, no Peru, com transmissão ao vivo do Disney+.
De fato, o Flamengo controlou a bola durante toda a partida e ganhou com gol isolado de Danilo, após escanteio cobrado por Arrascaeta. Já o Palmeiras não exigiu nenhuma defesa do goleiro Rossi durante os 90 minutos.
Na entrevista coletiva, Abel Ferreira reconheceu a superioridade do Flamengo. Para o treinador, a experiência dos jogadores adversários pesou no momento da decisão e faltou ao Palmeiras um pouco mais de “coragem e ousadia”.
“Eu não vou justificar muito, vou apenas dizer que o nosso adversário foi melhor, mais experiente, soube lidar com esse momento de tensão que é uma final. Acho, sinceramente, que hoje a experiência ganhou da irreverência. Foram melhores, apesar do jogo ser decidido no detalhe. Mas a verdade é que o nosso adversário foi melhor que o Palmeiras”, afirmou.
“Vou ser muito sincero. Apesar de termos uma equipe muito jovem, acho que faltou um pouquinho mais de coragem e ousadia. A forma de jogar do nosso adversário não é surpresa, partem com cinco construindo e cinco a atacar. Eles tinham cinco, nós tínhamos quatro. Procuramos saltar com o López quando o Léo pegava na bola, depois tentar igualar com o nosso Andreas. Mas como eu disse anteriormente, mais do que dar justificativas, é dizer que o nosso adversário foi melhor, mais maduro, experiente, soube lidar com esse momento de tensão, por mais que o gol tenha sido definido em detalhe de bola parada. No final, depois, tivemos uma grande oportunidade com o Roque. E há ali o lance muito duvidoso no início do jogo. Mas acho… acho, não, o Flamengo foi melhor e ponto final”, completou o treinador.
Abel Ferreira também citou as mudanças que aconteceram no elenco alviverde para essa temporada. O Palmeiras desembolsou quase R$ 700 milhões em 11 contratações, como o goleiro Carlos Miguel, o meia Andreas Pereira e os atacantes Vitor Roque e Paulinho.
Ele também citou as lesões de jogadores importantes, como o volante Lucas Evangelista e o próprio Paulinho.
“Para ser muito sincero, depois de tantas saídas e mexidas que fizemos no elenco, que não é fácil, e você vê o quão duro é reconstruir. Não é só comprar jogadores caros. É preciso criar mentalidade vencedora, é preciso chegar para perder, criar casca, e por isso estava comparando nossa frente do ataque com a do adversário. Compare nossa defesa com a do adversário… goleiro, laterais, zagueiros. Eu não te consigo dizer que estou triste depois de tantas alterações que fizemos, conseguirmos está até a última disputando o título, que estou triste por chegar na final da Libertadores depois de tantas mudanças. É muito difícil, olha para o Botafogo. Eu acho que fizemos o que a nossa equipe poderia entregar”, comentou.
“Tivemos lesões de jogadores importantes na nossa estrutura. No nosso goleiro, no nosso motor, que era o Lucas, tivemos duas saídas que tínhamos que fazer (negociar), tivemos infelizmente a lesão do jogador que mais produziu no ano passado no futebol brasileiro (Paulinho)… mesmo com tudo isso, fomos capazes de chegar em novembro inteiros. Foi um mês duro e difícil. Fica a experiência, a cultura, o momento dos meus jogadores mais jovens. Não é justo falar que não conseguiram. É um momento muito intenso. Os meus jogadores tentaram, quiseram, mas, infelizmente, o peso da final… nestes detalhes que contei, como passar de primeira, medo de arriscar. O maior risco que podemos cometer é não arriscar”, continuou o treinador.
“Fica uma gratidão imensa aos nossos torcedores, que fizeram um sacrifício imenso para estarem aqui apoiando. Sim, é verdade que ganhamos deste grande rival, um dos maiores que temos, há uns anos. Hoje eles foram melhores, por muito que nos custe, e eu odeio perder. Essa competição merece todo o meu respeito e minha postura, então é dar os parabéns ao meu adversário e ao Filipe Luís, que desfrute, pois fica marcado, e ao elenco deles. Eles foram melhores e ponto”, finalizou.
