O Palmeiras vive um momento de pressão ao ser eliminado pelo Corinthians com a derrota por 2 a 0, nesta quarta-feira (6), pela Copa do Brasil, no Allianz Parque. O diretor de futebol do clube, Anderson Barros, chegou a dar entrevista coletiva para falar da situação após o jogo.
Um dos alvos de protesto da torcida é o técnico Abel Ferreira, bastante xingado durante a partida. O dirigente, por sua vez, demonstrou apoio ao treinador e reiterou a vontade da diretoria alviverde em renovar com Abel até o fim de 2027, uma vez que o atual contrato do português encerra em dezembro de 2025.
“Só tem uma forma de dar a volta por cima: precisamos trabalhar, trabalhar e trabalhar. Pode ser a nossa oitava eliminação, mas também são 12 títulos conquistados. De alguma forma sabemos qual é o caminho. O torcedor tem, sim, esse direito, ele pode nos cobrar, ele deve nos cobrar, o torcedor palmeirense é uma parte fundamental desse processo, então tem esse direito. Mas que dele saiba que nós somos aqueles que mais cobramos, nós queremos o resultado, na nossa roda final nós dissemos ‘precisamos ganhar, precisamos voltar a vencer, voltar a jogar bem e sabemos o caminho’. Às vezes essa situação não vem de uma forma tão imediata, então a gente precisa acreditar no que estamos fazendo”, começou por afirmar.
”O Abel, sim, é um treinador que pretendemos renovar, queremos renovar, queremos que o Abel esteja até 31 de dezembro de 2027. Quando a gente fala isso, é um ciclo que termina da nossa presidente (Leila Pereira), e se o Abel entender e quiser, e ele já disse para nós que tem essa vontade, o Abel vai continuar esse processo conosco”, completou.
Questionado se havia cobrança a Abel Ferreira durante os últimos tempos, já que o Palmeiras não conquistou título grande na temporada passada e segue em branco em 2025, o dirigente respondeu e chegou a citar a contratação de Paulinho para falar do investimento pesado feito na atual temporada.
Segundo Barros, o Mundial de Clubes comprovou que contratar o atacante foi certo, mas que a situação física de Paulinho ‘fugiu do controle’ da diretoria e comissão técnica.
“Nós investimos, sim, nessa temporada. Nós esperávamos, sim, que essa equipe já pudesse estar rendendo. Mas nem sempre acontece dessa forma. Todos nós nos cobramos muito no dia a dia. Presidência, diretoria, comissão técnica e principalmente os atletas. Todos se cobram muito. A gente poderia considerar a questão do Paulinho. Foi um grande investimento que fizemos, mas infelizmente não aconteceu da forma que esperávamos. A participação dele no Mundial mostra que tomamos a decisão certa ao trazê-lo. Mas infelizmente acontecem situações que fogem do nosso controle. Então a gente precisa entender todo esse processo”.
“Mas você não tenha dúvidas que somos extremamente cobrados. Da presidência para a diretoria, da diretoria para a comissão técnica, da comissão para os atletas. Mas principalmente cada um desses segmentos se cobra ao extremo por não estar entregando aquilo que a gente sabe que pode entregar”, finalizou.
Agora, o Palmeiras junta os cacos e focar no Brasileirão e na CONMEBOL Libertadores, competição que o time encara o Universitario pela oitavas de final. Os confrontos, marcados para os dias 14 e 21 de agosto, terão transmissão do Disney+.