O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, falou sobre o polêmico pré-contrato com o Al Sadd, do Qatar, após vitória alviverde sobre o Botafogo neste domingo (17), no Estádio Nilton Santos.
Abel leu um texto que escreveu sobre o tema, após dizer que já esperava perguntas sobre isso, e fez desabafo com uma ‘prova de amor’ ao Verdão. Em outubro, o português completa cinco anos no futebol brasileiro.
“No final de 2023, eu tive mais uma vez a possibilidade de sair, em condições extraordinárias. Mas quando fomos campeões, vocês se lembram, no final de 2023 fomos campeões. Eu olhei para a minha família, os mesmos que disseram para eu não vir foram os que disseram que daqui não vamos ir. No fim de 2023, depois do jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, eu disse: “Eu fico”. E fico pelos meus jogadores, fico por todo o staff e pela nossa torcida, porque sou um treinador de relações, de projeto”, começou Abel Ferreira.
“A minha prova de amor não é dizer todos os dias eu te amo, mas escolher ficar todos os dias mesmo quando seria mais fácil ir embora, como outros treinadores fizeram na mesma situação que eu. Eu escolhi e disse que eu fico“, completou o treinador, abrindo o coração.
“Quero publicamente agradecer todo o apoio da diretoria e da assessoria jurídica do clube porque quando eu decidi, eu mesmo, resolver este assunto por conta própria, o clube mais uma vez me apoiou. Tudo isto foi sempre partilhado, acompanhado e seguido pela minha esposa, que é meu maior suporte nas decisões da minha vida pessoal e profissional”, seguiu.
Questionado sobre o seu futuro no Verdão, Abel fugiu da resposta e disse não ser o momento de tratar disso.
“Em relação ao meu contrato, neste ano, se fico, a decisão vai ser da minha família. Não é momento para decidirmos o que quer que seja. O mais importante é sempre o que for o melhor para o Palmeiras“, garantiu.
Novo desabafo e mais críticas à imprensa
“Nenhum de vocês me conhece, se realmente me quisessem conhecer, vocês perguntariam aos que trabalham comigo, não aos jornalistas que não gostam de mim, não gostam do Palmeiras. Se quiserem me conhecer verdadeiramente é com esses que precisam falar. Nem eu quero que vocês me conheçam, porque cada um constrói a narrativa que quer”, afirmou.
“Se vocês fossem atentos bastava só ir nas entrelinhas do que falam os jogadores, está tudo escrito no meu livro, ou vocês não gostam de ler? Todas as receitas desse livro foram doadas, todas as publicidades que eu faço são doadas a instituições brasileiras. Mas se vocês mesmo assim querem pôr em causa o meu caráter, as narrativas eu não controlo. Resumindo: o mais importante é que o Palmeiras ganhe”, encerrou o treinador palmeirense após a vitória no Rio de Janeiro, falando de tudo, menos do jogo em si.