Em entrevista coletiva após a vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, neste domingo (5), pelo Brasileirão, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, disse que não houve pênalti de Allan em Tapia, no lance mais polêmico do Choque-Rei no Morumbis.
Na visão do treinador alviverde, apesar de Allan escorregar e de fato tocar o atacante tricolor, os dois atletas não estavam disputando a bola. Portanto, ele considerou que o árbitro Ramon Abatti Abel acertou ao considerar que foi um choque normal fora do lance de jogo, ocorrido devido ao escorregão do meia palestrino.
O português também reclamou do fato do volante Bobadilla, do São Paulo, não ter sido expulso com segundo cartão amarelo.
“Sobre o lance específico, ainda não vi o replay, mas vou dar o meu ponto de vista: se por qualquer motivo, no momento em que o Allan escorrega, a bola estivesse sendo disputada pelo jogador do São Paulo, eu acharia que era pênalti. Mas eu não tenho as leis. Estou dizendo a minha opinião”, iniciou.
“Há o cruzamento, o Allan escorrega no gramado e acho que depois toca no adversário, mas, se bem me lembro, a bola está longe, não está sendo disputada naquele lance. Portanto, foi sem querer. O Allan não deu um carrinho de propósito para acertar o jogador. Agora, se a bola estivesse sendo disputada naquele momento, se jogador do São Paulo tivesse a oportunidade de disputar a bola, era pênalti”, argumentou.
“Essa é a minha visão desse lance. Mas pode ser o que estou a dizer: estou dando a minha opinião desse lance, mas poderia também o Bobadilla ser expulso. Vocês viram o que fez o Crespo dois minutos depois? Por quê? Eu reclamei com o árbitro. Por que o árbitro deu o amarelo no primeiro tempo ao Veiga na primeira falta? Eu disse: por que deu o amarelo ao Veiga naquele lance e nesse o Allan passa à frente do Bobadilla, o agarra e era segundo amarelo. Ele disse que não era assunto meu e ele está certo, porque eu não sou o árbitro”, acrescentou.
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“Portanto, essa é minha visão sobre esse lance, sobre o pênalti, e essa é também minha opinião sobre o Bobadilla ter sido expulso e eles, com um a menos, talvez nem houvesse o lance. Se a bola estivesse sendo disputada pelo jogador do São Paulo, e mesmo sendo um escorregão, sem querer, eu acho que era pênalti. Mas, da forma que foi, sem querer e com a bola do outro lado, na minha opinião não é pênalti”, complementou.
Na visão de Carlos Eugênio Simon, analista de arbitragem da ESPN, o juiz deveria ter marcado a penalidade a favor do Tricolor.
Abel Ferreira ainda falou mais sobre a situação dos árbitros no país e fez coro aos pedidos de profissionalização dos juízes, inclusive com salários maiores para os árbitros.
“Já escrevi sobre arbitragem, sobre calendário, e a minha opinião sobre a arbitragem: a união da arbitragem e a independência da arbitragem. Esse é o ponto número um. Tem que ser um organismo independente, que tenha união entre arbitragem. Segundo: salários mais altos para os árbitros. É minha opinião. Terceiro: profissionalização e treinamento. Esta é minha opinião. As coisas não vão acontecer de um dia para o outro”, concluiu.
