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Abel já usou cláusula de título para ‘chocar’ Palmeiras no passado

Durante a coletiva de imprensa logo após a vitória do Palmeiras por 3 a 2 contra o Atlético-MG, no Allianz Parque, o técnico Abel Ferreira revelou que o seu processo de renovação com o Verdão até 2027 depende apenas da inclusão de uma cláusula que o permitiria deixar o clube caso não conquiste nenhum título.

E só falta uma cláusula para eu assinar com o Palmeiras: se não ganhar títulos, posso ir embora. É a única que falta. É a única cláusula que falta no meu contrato e a Leila não quer colocar”, afirmou o português sobre a renovação.

“Tenho um contrato para assinar desde janeiro, só que já disse. Quero estar aqui para ganhar títulos. Para assinar, uma cláusula e é muito fácil assinar comigo. Desde janeiro que tenho um contrato a meu lado para assinar. Dois anos de contrato, até 2027”, completou Abel.

Apesar de ter sido impactante e também reveladora, a declaração de Abel sobre deixar o Palmeiras caso não seja campeão não é uma novidade. O português usou a mesma estratégia como um “choque” no elenco antes da final da CONMEBOL Libertadores de 2021, conquistada em cima do Flamengo.

Em um vídeo publicado pela TV Palmeiras no período, Abel conta como não estava nada satisfeito com o desempenho do time em campo e acreditava que havia uma certa “acomodação” por parte do elenco que, no ano anterior, havia conquistado, além do Estadual, a Copa do Brasil e a CONMEBOL Libertadores.

Com isso, o português, contrariando até mesmo a própria comissão técnica, reuniu os atletas e disse que, caso eles não conquistassem nenhum título em 2021, ele deixaria o Palmeiras. Até aquele período, no ano, o Verdão havia amargado os vices da Recopa Sul-Americana, da Supercopa do Brasil e do Campeonato Paulista.

Na Copa do Brasil, a equipe havia sido eliminada para o CRB, em pleno Allianz Parque, nos pênaltis, e, no Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG fazia uma campanha avassaladora, restando ao Palmeiras apenas a Libertadores como última chance de título no ano.

O fato foi relatado por Abel em seu livro “Cabeça Fria, Coração Quente” na chamada “volta 68”, datada em 12 de outubro de 2021.

O trecho dito pelo técnico aos atletas foi: “E para terminar…eu acredito que vamos ganhar mais coisas juntos. Mas, digo-vos já: se nesta temporada não ganharmos nenhum título, eu vou-me embora. Se não ganharmos nada, eu vou-me embora. Não vou ficar aqui em 2022 se não ganharmos um título nesta temporada”.

A estratégia de Abel deu certo. Finalista da Libertadores, o Palmeiras venceu o Flamengo graças a um gol de Deyverson, na prorrogação, e faturou o tricampeonato da competição. E, em março de 2022, o português assinou sua renovação até o final de 2024, que seria ampliada posteriormente até o final de 2025.

Restando pouco mais de cinco meses para o fim do vínculo entre as partes, o Palmeiras ainda não ergueu nenhum troféu em 2025, mas espera que Abel possa assinar o novo acordo até o final de 2027, desejo da presidente Leila Pereira, no futuro próximo.

Antes de ‘bomba’ de Abel, Leila falou sobre renovação e brincou sobre ‘pressão’

Antes das fortes declarações de Abel Ferreira, a presidente Leila Pereira concedeu entrevista ao Esportes S/A, da CNN, e foi questionada a respeito da renovação do técnico. A mandatária colocou uma certa “pressão” para cima do português, e acredita ser uma decisão “fácil” de ser tomada.

“Mas a família dele está no Brasil, totalmente adaptada, o Abel está adaptado aqui ao Brasil. Você pergunta se é difícil essa decisão, eu não acho difícil (a decisão de Abel renovar com o Palmeiras). Estou otimista. Eu sou uma pessoa, e acho que ele também, nada nem ninguém é maior do que o Palmeiras”.

“Eu vou passar um dia, o Abel vai passar um dia. A gente não é eterna aqui. Eterno aqui só a Sociedade Esportiva Palmeiras. Eu vou fazer de tudo o que estiver ao meu alcance para ele ficar até dezembro de 2027. Mas, se não for possível, vai ser por vontade dele. A minha é que ele fique. O projeto vai continuar, temos processos muito definidos, sabemos exatamente o que fazer. Óbvio, quando sai um técnico do tamanho do Abel para entrar outro técnico, é uma incógnita, existem técnicos excelentes no Brasil e no mundo que gostariam de trabalhar no Palmeiras”.

“Mas, por que eu vou querer mudar uma pessoa que está adaptada, competente, que tem a minha confiança? Meu desejo é esse. Mas é o meu desejo. Estamos conversando, falei isso pessoalmente a ele, que ele fique aqui, falei em público para dar uma pressãozinha nele (risos). Estou brincando, Abel, não é nada de pressão. Do muro para dentro não existe essa pressão doentia. Nós queremos a mesma coisa: vencer, vencer, vencer. Não precisa aquela pressão horrorosa. Aqui eles têm tranquilidade para trabalhar(…)o Abel vai decidir a vida dele. Se não for para ele ficar, a gente vai ser eternamente grato. Mas, Abel, eu quero que você fique”.

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