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Adolescente de Ponta Grossa com cardiopatia grave e fará angioplastia acompanhado pelos maiores especialistas do mundo em Curitiba | Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – O estudante pontagrossense Miguel Camargo Passos, 14 anos, terá a chance de uma vida muito melhor graças a uma cirurgia cardíaca menos invasiva, que será realizada gratuitamente durante um dos maiores eventos de cardiologia da América Latina, o Congresso CardioInterv, promovido pela Fundação Francisco Costantini, do Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba.

O procedimento será realizado pelo médico cardiologista Costantino Costantini – fundador do Hospital Costantini e médico responsável da primeira angioplastia da América Latina, há 25 anos, tendo revolucionado o tratamento das doenças cardíacas no Brasil – e acompanhado pelo médico norte-americano Ziyad Hijazi – com 40 anos de experiência em cardiologia pediátrica e pioneiro em diversos procedimentos cirúrgicos inovadores na área. Ele é reconhecido internacionalmente como líder na reparação não cirúrgica de defeitos cardíacos congênitos e estruturais, além de no desenvolvimento de dispositivos transcateter inovadores.

A doença de Miguel

Miguel nasceu com uma condição rara chamada Tetralogia de Fallot, uma má formação no coração que exige diversos tratamentos ao longo da vida. Ele já passou por duas cirurgias de peito aberto, a primeira aos dez meses e a segunda aos seis anos de idade. O menino precisa de uma nova intervenção para corrigir uma insuficiência grave da válvula pulmonar, que impede o coração de funcionar adequadamente. A condição causa cansaço extremo, falta de ar e limitações físicas, além de aumentar o risco de complicações graves, como arritmias e até morte súbita.

A médica cardiologista e especialista em cardiopatias congênitas do Hospital Costantini, Letícia dos Santos de Oliveira Roch, explica que o procedimento será feito por cateterismo, técnica menos invasiva que reduz riscos, acelera a recuperação e pode oferecer melhora significativa na qualidade de vida do Miguel. “Se não fosse essa oportunidade, ele teria que aguardar na fila do SUS para um procedimento tradicional, de peito aberto, muito mais complexo, com maiores riscos e probabilidade de complicações”, diz.

A mãe de Miguel, Adriely Cristina Camargo Passos, conta que a cirurgia seria inviável para a família, que depende do Sistema Único de Saúde. Com quatro filhos e apenas o pai trabalhando como vigilante, o procedimento gratuito durante o CardioInterv surgiu como uma esperança. “Se não fosse pelo congresso, ele teria que esperar na fila para uma cirurgia mais invasiva. Nós não teríamos condições de pagar. Estamos muito felizes e confiantes com essa oportunidade”, contou.

Miguel é músico, toca bateria e sonha em voltar a ter uma vida ativa e retomar seus planos. O procedimento será transmitido ao vivo durante o evento, que reúne os mais renomados especialistas de diversos países para debater os avanços mais recentes no tratamento de doenças cardíacas.

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