Em entrevista publicada nesta quarta-feira, 26, pelo jornal Estadão, o advogado e coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, disse que o presidente Lula da Silva deveria lançar o “Pé-na-bunda” para demitir os ministros que não se engajarem na defesa do governo federal.
A expressão do advogado é uma alusão ao programa “Pé-de-meia”, do próprio governo e que rendeu diversos riscos jurídicos em razão de inconsistências com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Carvalho, que coordena um grupo de advogados militantes do PT, disse ao jornal.
Advogado defende Janja: ciúmes
“Os ministros precisam sair dos seus cercadinhos. É inadmissível que um governo com tantas entregas não tenha uma avaliação compatível”. Dizendo-se “lulofanático”, conforme a reportagem, Carvalho defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Argumentou principalmente que o fogo-amigo contra o ministro objetiva o cenário político pós-Lula, e não a agenda econômica.
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Amigo pessoal de Lula, o advogado defende também a mulher de Lula, Janja da Silva. A primeira-dama, aliás, recebeu nesta semana novas críticas por gastar mais de R$ 292 mil em uma viagem a Roma. A pauta era fome. No entanto, a visita ocorreu exatamente em um momento em que o Brasil registra uma das fases mais críticas da história em relação ao preço dos alimentos.
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Ao Estadão, Carvalho diz que “as críticas a ela escondem várias coisas. Além da dimensão machista e misógina, há um ciúme não declarado, não confessado, do relacionamento que ela construiu com o presidente Lula. Todo mundo sente que é um pouco dono do presidente e quer estar mais perto dele’.
Em resposta sobre as críticas de Kakay (advogado do mesmo grupo petista) a Lula, Carvalho afirmou sobretudo que o colega ignora fatos que provam o oposto. “Ele segue fazendo política 24 horas por dia. A carta foi para atacar a primeira-dama, o que é injusto”.
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