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Agência que organizou trilha de Juliana Marins estava proibida

A agência responsável pela trilha feita por Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu no Monte Rinjani, estava proibida de operar no parque. A empresa, identificada como Bas Rinjani, aparece em uma lista negra disponível no aplicativo oficial do Parque Nacional. Outras 26 agências também constam na lista.

A informação foi divulgada pelo portal Uol, que conversou com um organizador de turismo local. O homem disse que não entende como a empresa ainda consegue atuar e a classificou como “comprovadamente problemática”. Os motivos da proibição envolvem falta de segurança, legalidade e ética de trabalho.

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“Como é possível que ainda tenha permissão de levar pessoas a um local mesmo sendo incluída em uma lista de banidos?”, afirmou o homem ao portal.

A brasileira comprou o bilhete da trilha por meio da Ryant Tour, intermediária que confirmou a venda. A empresa afirmou que oferece pacotes de escalada, mas delega a execução a operadoras locais como a Bas Rinjani. Segundo o organizador local, cabe à Bas a gestão da logística, materiais, designação de guias e obtenção das licenças.

A trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, onde Juliana caiuA trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, onde Juliana caiu
A trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, onde Juliana caiu | Foto: Reprodução/ Redes Sociais

“Esperamos que as autoridades possam fornecer uma explicação clara e transparente”, afirmou o homem. Ele explicou que empresas incluídas na lista negra podem ser proibidas de atuar temporária ou permanentemente e, se seguirem operando, estão sujeitas a sanções legais.

Contradições sobre a causa da morte de Juliana Marins

Juliana morreu entre 50 minutos e 12h50 antes do resgate. O corpo foi retirado depois de sete horas de trabalho por socorristas e voluntários, por volta das 13h50 do dia 25 (2h, no horário de Brasília). Segundo o governo local, o socorro demorou por causa da dificuldade de acesso.

O médico legista Ida Bagus Putu Alit afirmou que a jovem morreu entre 1h e 13h do dia 25 de junho (14h do dia 24 e 2h do dia 25, no horário de Brasília), contrariando a versão da Agência Nacional de Resgate da Indonésia, que havia divulgado o óbito na noite do dia 24.

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Segundo o legista, não havia sinais clássicos de hipotermia. A ausência de necrose indicaria que a morte não ocorreu por exposição ao frio, embora a temperatura à noite estivesse próxima de 0 ºC. Juliana usava calça e blusa, sem equipamentos adequados.

Ela apresentava ferimentos nas costas, pernas e braços, além de hemorragia interna, traumatismo craniano, fraturas na coluna e nas coxas. O laudo apontou “trauma torácico grave” como causa da morte. A jovem caiu pela segunda vez, e o impacto comprometeu os órgãos respiratórios.

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Juliana escorregou na noite de sexta 20, no horário de Brasília, e rolou cerca de 300 metros montanha abaixo. Sem conseguir se mover, aguardou socorro. Espanhóis que estavam no local enviaram fotos e vídeos para a família, que acompanhou a situação à distância.

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