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Agricultura urbana ganha destaque na COP30 como estratégia contra a fome e o clima

O painel sobre agricultura urbana, realizado na tarde de segunda-feira (10) na Arena AgriTalks durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), destacou a importância das hortas urbanas para a segurança alimentar coletiva e a geração de renda. O evento, que contou com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apresentou quatro iniciativas ligadas ao Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.

Moderado pela analista da Embrapa Kelliane Fuscaldi, o painel abordou políticas públicas voltadas para a alimentação adequada. Kelliane informou que a agricultura urbana é uma estratégia fundamental para mitigar e adaptar às mudanças climáticas. “A agricultura urbana está consolidada como política pública”, declarou.

Foto: Francisco Lima

Iniciativas em destaque

Entre as iniciativas apresentadas, três foram desenvolvidas pela Embrapa: o Projeto Tá Na Horta, o Sisteminha e o Projeto Agricultura Urbana com Saneamento Básico. Kelliane também mencionou o “Marco de Referência sobre Sistemas Alimentares e Clima para as Políticas Públicas”, um guia que reforça a agricultura urbana como estratégia essencial.

O Projeto Tá Na Horta, apresentado pelo assessor da Embrapa Henrique Carvalho, foca na criação de hortas comunitárias a partir de parcerias com cooperativas locais. O objetivo é garantir a segurança alimentar e, se houver excedentes, viabilizar a comercialização dos produtos. “A ideia é criar uma modelagem fácil e versátil para a produção comunitária”, afirmou Carvalho.

Modelo de transferência de tecnologia

O Sisteminha Embrapa será implantado em áreas a partir de cem metros quadrados, com a meta de instalar 300 unidades. Guilhermina Cayres, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais (MA), destacou que a iniciativa busca a autonomia alimentar e a redução de impactos ambientais. O pesquisador Wilson Tadeu enfatizou a simplicidade do sistema, que inclui o reuso de efluentes tratados para fertilização do solo.

O projeto, que começará em Biguaçu (SC), visa criar um modelo replicável para outras regiões do Brasil. “Queremos que essa experiência possa ser reproducível em outras localidades”, concluiu Tadeu.

Contribuições para o futuro

Kelliane Fuscaldi também apresentou dados sobre as emissões de gases de efeito estufa nas cidades, que consomem cerca de oitenta por cento dos alimentos produzidos. A aproximação da produção com o consumo, aliada a práticas sustentáveis, pode contribuir para o fortalecimento da resiliência alimentar. “A agricultura urbana pode ter um papel importante para o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)”, informou.

As políticas públicas voltadas para a agricultura urbana, estabelecidas em 2018 e atualizadas em 2023, visam promover a transição agroecológica e fortalecer a economia comunitária. A parceria entre Embrapa, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Prefeitura de Curitiba é um exemplo de como a agricultura urbana pode ser implementada de forma colaborativa.

Com informações de: embrapa.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.

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