Considero fundamental e importantíssima a proposta trazida neste 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), a agroaliança. Outros temas serão debatidos também, como transição energética, sustentabilidade agro brasileira, alimentos, energia, inovação. Porém, num mundo polarizado e dividido, por visões de facções ideológicas e egológicas, merecerá vital destaque a proposta das “agroalliances”. Que os Estados Unidos nos ouça e ouça ao mundo.
Conversei com o presidente da Abag, Luís Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, e ele me disse: “Teremos um grande congresso nesta segunda-feira, dia 11 de agosto, em São Paulo. Conto com vocês neste momento tão tenso que vivemos de incertezas. Realmente um grave momento de desconfianças, de alguma forma o país travado. Estamos esperando o que virá, é alguma coisa complexa, o nosso congresso vai se realizar nesse ambiente, mas enfrentando essas discussões todas através de painéis específicos. Um painel que vai discutir a questão de alimentos, principalmente a questão da inovação, e do que significa o protagonismo brasileiro e o que nós estamos encontrando e o que vai ser para frente, lembrando sempre que essa discussão do nosso congresso se realiza como continuidade do congresso anterior, anteriormente nós discutimos biocompetitividade, ou seja, é preciso, é fundamental, é absolutamente necessário ser biocompetitivo para pode estar no mercado. Agora nós vamos discutir outra coisa. Nós vamos dizer que sendo biocompetitivo não é suficiente, é preciso agroalianças. Nós precisamos ter alianças com países, alianças com produtores grandes de outros países no sentido de nos defender dessa onda muito forte de protecionismo, de mercados fechados, fragmentados. Tudo isso nós vamos discutir nesse congresso, além de estarmos falando sobre uma questão que é fundamental para nós, o Brasil é chave, segundo a própria OCDE, para o que se espera da segurança alimentar, mas é preciso financiamento, seguro rural, é preciso que o mercado de capitais venha com força, crie novos mecanismos. Nós temos que estar juntos nisso. Vamos ter um painel falando sobre isso e encerraremos falando sobre transição energética. Esse é um tema extremamente relevante para o Brasil”.
O tema que o Caio traz, agroaliança, é muito importante porque os Estados Unidos está fazendo exatamente o oposto à agroaliança. Os Estados Unidos são o maior concorrente brasileiro, são a maior agricultura do planeta do ponto de vista comercial e essa coisa toda do tarifaço vai bem contra a ideia da agroaliança que eu quero enaltecer como muito positiva para esse Congresso da Abag.


*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
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