O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), autorizou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a fraude bilionária dos descontos associativos não autorizados na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Alcolumbre leu o requerimento para criação da CPMI durante a sessão da terça-feira 17. O pedido foi protocolado no mês passado. Ao todo, 36 senadores e 223 deputados federais assinaram o requerimento.
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O número mínimo de assinaturas para apresentação de um requerimento de CPMI é de 27 para senadores e 171 para deputados.
A CPMI do INSS deve começar a funcionar só no segundo semestre. É que o Congresso costuma ficar sem movimento do feriado de Corpus Christi até o fim do mês.
As atividades só voltarão ao ritmo normal no Congresso em agosto, depois do recesso que vai de 18 a 31 de julho.
Governo Lula quer controlar a CPMI
O governo Lula tenta barrar a CPMI do INSS desde que a oposição iniciou a coleta de assinaturas para o requerimento. O argumento do governo é de que o tema já está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo informações que circulam pela imprensa, a Comissão deverá ser presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). Enquanto isso, o governo articula para evitar que a oposição pegue a relatoria da CPMI.


43% dos eleitores culpam o governo Lula pelo aumento nas fraudes
Segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta semana, 43% dos eleitores culpam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo aumento das fraudes no INSS.
De acordo com o levantamento, a maioria dos eleitores culpa o governo Lula pela
escalada do problema,“porque os valores das fraudes dispararam” na gestão do
petista.
Por outro lado, 35% dos entrevistados consideram que o esquema “começou no
governo Bolsonaro”. Para estes, o governo Lula é o responsável pela descoberta das
fraudes no INSS.