O Flamengo se tornou o primeiro tetra da CONMEBOL Libertadores ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 no sábado (29). E o gol marcado por Danilo reforça uma nova era que vive a equipe de Filipe Luís em meio ao DNA ofensivo do clube, algo que os torcedores quase obrigam que os técnicos sigam à risca em seus times.

Obviamente, o Flamengo tem o melhor ataque do Brasileirão com 74 gols marcados em 36 jogos, o que dá uma media praticamente de dois gols por partida. Mas na Libertadores, foi a defesa que fez a diferença. E isso passa muito pelo técnico rubro-negro.

Começando pelo gol de Danilo, Filipe organizou a defesa desde que assumiu. Firmou Léo Ortiz e Léo Pereira na defesa e neste ano ganhou um reforço de luxo chamado Danilo. Titular nos grandes jogos do ano, como na vitória por 3 a 1 no Chelsea, o camisa 13 foi além do sólido desempenho ofensivo que o guiou na carreira. Fez gols e foi uma reposição à altura do titular Léo Ortiz.

Só a solidez ofensiva do Flamengo foi além dos três zagueiros. Rossi fez uma Libertadores para chamar de sua, sendo determinante nas classificações diante de Estudiantes, onde brilhou nos pênaltis, e Racing, operando milagres quando a equipe tinha um a menos e foi o cara da classificação às finais.

Para completar, Varela e Alex Sandro fecham o melhor sistema defensivo da Libertadores que só levou três gols durante toda a campanha (dois do Central Córdoba e um do Estudiantes). O lateral uruguaio talvez tenha feito seu melhor jogo com a camisa do Flamengo. Por outro lado, Alex Sandro dá mostras que, sem lesões, será o titular da seleção brasileira na Copa do Mundo. O experiente jogador fez mais uma partida correta que o faz ser absoluto no clube.

Agora, além de um futebol bonito, para frente e como manda a cartilha rubro-negra, o Flamengo de Filipe Luís comprovou ser uma equipe que corrigiu os principais defeitos dos últimos anos: a falta de uma defesa sólida, que ganha jogos e campeonatos.