Recursos arrecadados por meio de uma campanha on-line foram entregues ao alpinista indonésio Agam Rinjani, que participou do resgate de Juliana Marins no Monte Rinjani. A transferência, no valor de pouco mais de R$ 435,5 mil, aconteceu na terça-feira 8, conforme informou a página Razões para Acreditar.
A iniciativa de doação reuniu aproximadamente R$ 518,5 mil, mas o montante repassado foi reduzido por causa de impostos, resultando em cerca de 1,4 bilhão de rúpias indonésias. A organização da vaquinha ficou sob responsabilidade do perfil Razões Para Acreditar, utilizando a plataforma Voaa, do Instituto Razões.
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Controvérsia sobre taxas e resposta dos organizadores
Durante a arrecadação, doadores protestaram contra a cobrança de uma taxa de 20% pela plataforma. Em resposta, os organizadores decidiram transferir o valor total para Agam.
“Atendendo a alguns comentários, publicamos nos stories o comprovante da transferência para o Agam e o nosso reforço público de responsabilidade e transparência”, explicou a página no Instagram.
Agam, que custeou sua passagem aérea, mobilizou sete amigos para auxiliar no resgate da brasileira.


Detalhes do acidente e laudo final
Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói, caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok, na noite de 20 de junho, quando escorregou e despencou cerca de 300 metros. Ela permaneceu imobilizada no local por mais de quatro dias, enquanto tentativas de resgate eram dificultadas pelas condições climáticas adversas.
O corpo da brasileira foi localizado quatro dias depois da queda, a uma profundidade de 650 metros. Juliana estava em viagem pela Ásia com uma agência de turismo quando decidiu fazer a trilha no vulcão. Laudo divulgado na sexta-feira 11, revelou que ela sobreviveu por 32 horas depois do acidente, agonizando de 10 a 15 minutos depois da segunda queda e apresentando grande dificuldade respiratória pouco antes de morrer.