O trabalho de Carlo Ancelotti ainda está bem no início. Mas, em seu quinto jogo no comando da seleção brasileira, o experiente técnico italiano conseguiu derrubar marcas que estavam vivas há anos (algumas desde a passagem de Tite pela CBF).
Ao golear a Coreia do Sul por 5 a 0 na sexta-feira (9), o Brasil voltou a marcar cinco vezes em uma mesma partida depois de dois anos e 32 dias. A última tinha sido em 8 de setembro de 2023, na estreia de Fernando Diniz, com 5 a 1 sobre a Bolívia.
Outras marcas eram mais antigas ainda. A seleção não vencia uma partida por cinco gols de diferença há cinco anos, desde que o time dirigido por Tite fez 5 a 0 na mesma Bolívia, em 9 de outubro de 2020, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo.
Fora do Brasil, fazia mais de sete anos que a seleção pentacampeã do mundo não ganhava uma partida por uma diferença tão grande. A última vez havia sido em 11 de setembro de 2018, com 5 a 0 sobre El Salvador.
A fragilidade de encarar um adversário como a Coreia do Sul certamente facilitou para que tais marcas fossem quebradas, mas também é verdade que o Brasil enfrentou outros times teoricamente mais fracos e não conseguiu se impor dessa maneira.
Essa atuação, aliás, ajuda Ancelotti na missão de encontrar uma cara para a seleção que a menos de um ano começará a campanha no Mundial de 2026.
Dos que estiveram em campo, é difícil imaginar que a estreia na Copa não terá Militão, Casemiro, Bruno Guimarães, Estêvão, Rodrygo e Vinicius Jr.. Todos eles tiveram atuação destacada, alguns não apenas agora, e possuem a confiança do italiano.
A eles somam-se outros nomes, como o goleiro Alisson, o zagueiro Marquinhos e o meia-atacante Raphinha. Um desenho de como o Brasil provavelmente começará a Copa.