Na terça-feira (30), o Conselho Nacional de Boxe (CNB) anunciou as punições aos envolvidos na briga generalizada na luta entre Popó e Wanderlei Silva, que encerrou o Spaten Fight Night 2, realizado no último sábado (27), em São Paulo.
Entre os penalizados está André Dida, treinador de Wand, que recebeu suspensão de 365 dias após ser flagrado desferindo socos contra o tetracampeão mundial de boxe no meio da confusão.
Em entrevista exclusiva à ESPN, Dida minimizou o impacto da decisão, garantindo que a decisão do CNB não terá grandes consequências pessoais ou profissionais e criticou a postura da entidade, que, segundo ele, estaria aproveitando o episódio para ganhar visibilidade.
“São as regras deles. Quando você assina um contrato, sabe que existem consequências se sair do combinado. Eu acredito que usaram o que tinham em documento. Mas, sinceramente, não é algo que vai mudar minha vida. Eu sigo minha carreira, continuo trabalhando, e isso não vai me afetar diretamente”, iniciou.
“Sobre a Federação, confesso que não é o meu mundo. Eu nem sabia que ela existia. Fiz minha carteirinha apenas para ter acesso à luta. Agora, vejo que eles estão surfando a onda, aproveitando a situação para se divulgar. Muita gente que não conhecia a Federação está passando a conhecer agora por causa dessas punições.”
Questionado sobre os socos desferidos contra Popó, Dida negou que tenha entrado na confusão com a intenção de machucar o boxeador. O treinador explicou que seu movimento foi rápido e tinha a função de “limpar o caminho”, sem aplicar toda a força de um golpe isolado.
“Quem entende de luta sabe que a força que eu joguei no ataque… quando você joga o golpe de volume, ele tem uma força X, mas quando você joga um golpe isolado é uma força maior, é o golpe mais forte, plantar o teu pé no chão e jogar a bomba. Então isso é uma força de golpe. Aquela força de golpe que eu fiz ali é um golpe de limpar o caminho, uma blitz que chama exatamente pra parar aquilo. Não é um golpe, tipo, eu estou plantado aqui e jogo só uma mão com toda força, o cara está parado, ele vem com toda a mão e vou fazendo o movimento, é totalmente diferente, então foi uma coisa muito rápida, eu diria que seria um golpe de meia força. Não deixa de ser um golpe forte, não deixa de ser um golpe, não deixa de ser um ataque. Rolou aquela blitz, mas não foi aquela coisa de nossa, o cara fez na intenção, jogou uma bomba, o cara não viu. Então, quem entende de porrada vai saber que eu estou falando que esse ataque é aquele ataque pra limpar o caminho.”
Durante a entrevista, André Dida também revelou que não vê erro de Conselho de Boxe por não punir filho de Popó, Rafael, que acertou um soco no rosto de Wanderlei Silva.
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Após briga generalizada, técnico de Wanderlei Silva revela diálogo com Popó e projeta ‘Luta pela Paz’ com lenda do boxe
André Dida concedeu entrevista exclusiva à ESPN