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Apenas um fator pode determinar alta agressiva do preço do boi gordo no 1º trimestre, diz analista

O mercado brasileiro de boi gordo registrou preços em alta para a arroba ao longo de janeiro, mesmo com a acomodação verificada nas cotações do atacado na segunda quinzena.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, o mês foi muito bem dividido: os primeiros 15 dias foram marcados por patamares firmes, com forte alta em um ambiente pautado por exportações em ótimo nível e pela oferta restrita.

“No entanto, na segunda quinzena de janeiro, o quadro se inverteu. A oferta ainda esteve restrita, mas houve um enfraquecimento da demanda, o que fez com que os preços da carne bovina no atacado recuassem em praticamente todos os cortes, em especial no traseiro.”

Para o analista, a primeira quinzena de fevereiro, com a entrada dos salários na economia, pode ser determinante para justificar se haverá espaço para a retomada dos preços – ainda que timidamente – ou se o mercado permanecerá fragilizado.

Segundo ele, hoje a leitura é mais pessimista, sendo provável que os frigoríficos continuem testando preços mais baixos. “Contudo, o principal elemento para determinar uma alta mais agressiva é a retomada das exportações de carne em boas proporções”, destaca.

Preços médios da arroba do boi

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 30 de janeiro:

  • São Paulo (Capital): R$ 330, alta de 3,77% frente aos R$ 318 do fechamento de dezembro
  • Goiás (Goiânia): R$ 315 a arroba, avanço de 3,28% perante os R$ 305,00 registrados no final de dezembro
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 320, aumento de 4,92% frente ao final de 2024, de R$ 305
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 325, incremento de 3,17% frente aos R$ 315 registrados no final de dezembro
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 320, aumento de 6,67% frente aos R$ 300 do final do ano passado
  • Rondônia (Vilhena): R$ 290, valorização de 3,57% frente aos R$ 280 de dezembro

Mercado atacadista

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Foto: Pixabay
O mercado atacadista apresentou preços mais fracos ao longo de janeiro. De acordo com Iglesias, trata-se de um movimento natural frente ao período de descapitalização das famílias no começo do ano, que acaba determinando uma queda na demanda por cortes bovinos.
O quarto do dianteiro do boi foi cotado a R$ 18 o quilo, queda de 10,89% frente ao valor praticado no fechamento de dezembro, de R$ 20,20 o quilo. Já o quarto do traseiro do boi foi vendido por R$ 25,50 o quilo, queda de 4,49% frente aos R$ 26,70 por quilo registrados na última de 2024.

Exportações de carne

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 722,016 milhões em janeiro (17 dias úteis), com média diária de US$ 42,471 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio de Rio Grande do Sul (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 143,817 mil toneladas, com média diária de 8,430 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.037,90.

Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 13,7% no valor médio diário da exportação, ganho de 2,1% na quantidade média diária exportada e avanço de 11,4% no preço médio.

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