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Apoiadores de Evo Morales invadem quartéis e mantêm militares como reféns; entenda

Seguidores do ex-presidente Evo Morales bloqueiam há 20 dias várias estradas na região de Cochabamba. Trata-se de um protesto contra o governo de Luis Arce, ex-aliado e agora rival do primeiro indígena a assumir a Presidência da Bolívia. O grupo de manifestantes é formado por produtores de coca, camponeses e mineradores.

Nesta sexta-feira, 1º, forças de segurança e tratores foram enviados para desobstruir as vias. Como resultado, manifestantes invadiram unidades militares e mantiveram militares como reféns.

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O governo de Arce começou operações para remover os bloqueios, empregando forças de segurança e equipamentos pesados. Durante o procedimento, gás lacrimogêneo foi utilizado contra os manifestantes.

Esses bloqueios, uma forma comum de protesto no país, visam a defender Evo. Ele passou a ser investigado por supostas ligações com uma menor de idade e recebeu intimação para depor, mas não compareceu.

Evo Morales alega que já foi investigado e não há provas contra ele. Ao comentar a acusação, alega que Arce o persegue. Além de defender o ex-presidente, seus apoiadores protestam contra dificuldades econômicas no país.

Policial fica de guarda, enquanto apoiadores do ex-presidente Evo Morales bloqueiam estradas - 1º/11/2024 | Foto: Claudia Morales/ReutersPolicial fica de guarda, enquanto apoiadores do ex-presidente Evo Morales bloqueiam estradas - 1º/11/2024 | Foto: Claudia Morales/Reuters
Policial fica de guarda, enquanto apoiadores do ex-presidente Evo Morales bloqueiam estradas – 1º/11/2024 | Foto: Claudia Morales/Reuters

O que diz Evo Morales

Na semana passada, Evo Morales divulgou um vídeo relatando um ataque a tiros contra seu carro. Ele acusou o antigo colega de tentativa de assassinato. Autoridades afirmam que o ex-presidente teria disparado primeiro contra policiais.

Esse incidente intensificou ainda mais os protestos na região de Cochabamba. O governo de Arce relata que os bloqueios impedem a circulação de combustível, alimentos e medicamentos. Isso causou prejuízo de US$ 1,7 bilhão à Bolívia.

Na tarde desta sexta-feira, Evo Morales pediu a seus seguidores que reconsiderassem os bloqueios para evitar “episódios de sangue”. Anunciou também que entrará em greve de fome até que o governo de Arce estabeleça mesas de diálogo.

Os ex-aliados estão em confronto pela liderança do partido Movimento ao Socialismo (MAS) e pela intenção de Evo Morales de se candidatar novamente à Presidência nas eleições do próximo ano.

(Da esq. para dir.) O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, o presidente da Argentina, Alberto Fernández e o Presidente Lula durante uma apresentação no Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, na Argentina | Foto: Divulgação (Da esq. para dir.) O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, o presidente da Argentina, Alberto Fernández e o Presidente Lula durante uma apresentação no Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, na Argentina | Foto: Divulgação
(Da esq. para dir.) O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, o presidente da Argentina, Alberto Fernández e o Presidente Lula durante uma apresentação no Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, na Argentina | Foto: Divulgação


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