Por Joshua McElwee
BRUXELAS (Reuters) – O papa Francisco encerrou neste domingo uma viagem de fim de semana à Bélgica, onde enfrentou algumas das mais fortes críticas já recebidas durante suas viagens ao exterior.
O pontífice de 87 anos foi pressionado por figuras importantes em três dos cinco principais eventos de sua visita de três dias com linguagem incomum e às vezes agressiva para uma viagem papal.
Em uma reunião com dignitários belgas na sexta-feira, tanto o rei Philippe quanto o primeiro-ministro Alexander De Croo pediram por ações mais concretas para ajudar sobreviventes de abusos do clero católico. E em eventos posteriores em duas universidades católicas, autoridades denunciaram sua posição sobre o papel das mulheres na igreja e na sociedade.
Francisco não mencionou especificamente as críticas em seu último evento na Bélgica neste domingo, uma celebração de missa no estádio de futebol Rei Baudouin, em Bruxelas. Mas acrescentou trechos ao texto preparado para o sermão e fez uma forte condenação a abusos pelo clero católico.
‘Não há lugar para abuso’, disse o pontífice, atraindo aplausos espalhados pela plateia de cerca de 37.000 participantes. ‘Não há lugar para encobrir abuso.’
‘Peço a todos, não encubram abusos. Peço aos bispos, não encubram abusos’.
A turnê belga, iniciada com uma visita de um dia à vizinha Luxemburgo, foi a 46ª viagem de Francisco ao exterior desde que foi eleito papa em março de 2013. A visita tinha como objetivo focar no 600º aniversário das duas universidades católicas.
(Por Joshua McElwee, reportagem adicional de Marine Strauss)