Tite foi o décimo treinador do Flamengo desde o início da gestão Rodolfo Landim, que assumiu a presidência do clube no início de 2019. O técnico tinha contrato até o fim deste ano e, com a demissão anunciada na manhã desta segunda-feira (30), tem a receber uma multa estimada de 50% do valor pelos três meses de vínculo que restariam.
A comissão de Tite tinha salário que girava em torno de R$ 1,8 milhão por mês. O valor, na contratação, ficou abaixo apenas do que é pago pelo Palmeiras a Abel Ferreira e seu staff.
O preço da multa a Tite e comissão, todos demitidos, ficará em cerca de R$ 2,7 milhões. Essa quantia, somada ao que foi pago a outros comandantes demitidos por Landim, chegará a quase R$ 50 milhões em multas.
Dos agora dez técnicos que saíram do clube desde 2019, seis demandaram quantias para rescisões contratuais. Apenas Abel Braga, Jorge Jesus, Renato Gaúcho e Dorival Júnior saíram sem custos.
Veja quanto o Flamengo pagou a técnicos em multas rescisórias desde 2019:
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Abel Braga: saída sem custos;
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Jorge Jesus: saída sem custos;
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Domènec Torrent: R$ 11,4 milhões;
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Rogério Ceni: R$ 3 milhões;
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Renato Gaúcho: saída sem custos;
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Paulo Sousa: R$ 7,7 milhões;
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Dorival Júnior: saída sem custos;
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Vítor Pereira: R$ 15 milhões;
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Jorge Sampaoli: R$ 9,5 milhões
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Tite: R$ 2,7 milhões
Demissão de Tite
A demissão de Tite foi anunciada na manhã desta segunda-feira (30).
A pressão sobre o treinador havia aumentado desde o meio da última semana, quando a equipe foi eliminada pelo Peñarol na CONMEBOL Libertadores.
O ex-jogador Filipe Luís, que estava no comando do time sub-20, vai assumir a equipe interinamente.
A diretoria entendeu que o trabalho de Tite não renderia mais frutos. A análise veio pelo dia a dia, vestiários e pressões interna e externa.
O contexto eleitoral também entrou no pacote. Apoiadores do presidente Rodolfo Landim e de seu candidato a sucessor, Rodrigo Dunshee de Abranches, atual vice geral, pressionavam pela saída do técnico desde a eliminação na Libertadores. A decisão de não contar mais com Tite foi sacramentada na última madrugada.
Horas antes, em entrevista coletiva, o treinador havia dito que “o respaldo da direção é constante, é diário e é de todos os momentos”. A declaração aconteceu logo após a vitória sobre o Athletico-PR, no domingo (29), em que o então técnico ouviu vaias e xingamentos por parte da torcida.