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Argentina amplia poder militar com a ajuda dos EUA

Enquanto o Brasil enfrenta um processo contínuo de esvaziamento das Forças Armadas, com perda de efetivos e dificuldades orçamentárias, a Argentina ensaia uma retomada de suas capacidades militares com o apoio estratégico dos Estados Unidos. Em um gesto concreto de reforço à cooperação bilateral, Washington autorizou a transferência de duas aeronaves Beechcraft King Air 360ER para a Marinha argentina. De última geração tecnológica, os equipamentos servem principalmente para missões de patrulha marítima.

A entrega ocorre no âmbito do programa Seção 333 do Departamento de Defesa dos EUA. Ela marca um avanço no reposicionamento militar da Argentina no Atlântico Sul. Os veículos fortalecem a capacidade de proteção aérea sobre a Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Da mesma forma, consolida a presença do país em áreas estratégicas, como o entorno das Ilhas Malvinas, ponto sensível na geopolítica regional.

Aviões funcionam como armas de repressão à pesca ilegal

O programa Seção 333 tem sido uma das principais ferramentas de Washington para reforçar sua influência na América do Sul. As aeronaves entregues à Argentina contam com sensores eletro-ópticos, radares de abertura sintética e sistemas de comunicação de longo alcance. Assim, funcionam como armas centrais na repressão à pesca ilegal, no combate ao tráfico marítimo e na proteção ambiental.

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Conforme o Departamento de Defesa dos EUA, a cooperação com Buenos Aires visa modernizar a aviação naval argentina, bem como garantir a estabilidade regional em meio ao avanço de potências como China e Rússia sobre aliados tradicionais dos norte-americanos.

O movimento argentino contrasta diretamente com o cenário brasileiro, onde as Forças Armadas enfrentam perdas de pessoal, atrasos em projetos estratégicos e incertezas quanto à modernização de sua frota aérea e naval. A ausência de investimentos robustos e o distanciamento político em relação aos Estados Unidos vêm reduzindo o peso do Brasil nas dinâmicas de defesa do continente — justamente no momento em que Washington fortalece sua presença junto a outros parceiros.

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Além dos King Air 360ER, a Argentina incorporou recentemente quatro aeronaves P-3C/N Orion de longo alcance, adquiridas da Noruega com suporte técnico dos EUA. A primeira delas, em operação desde setembro de 2024, foi seguida por uma segunda unidade atualmente em processo de modernização nos Estados Unidos. Ambas serão integradas ao Esquadrão de Vigilância Marítima da Aviação Naval.

Os investimentos recentes refletem uma tentativa concreta de recompor as capacidades navais e aéreas da Argentina, severamente comprometidas após a crise econômica dos anos 2000. Modelos de última geração começam a substituir os antigos Beechcraft B200 M “Cormoran”, ampliando dessa forma o alcance e a eficiência das missões de vigilância marítima.

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