Lançado em 1989, Indiana Jones e a Última Cruzada acompanha as aventuras do professor e arqueólogo Indiana Jones (Harrison Ford), que precisa salvar o pai HenryJones (Sean Connery). Durante a missão, ele enfrenta nazistas e encontra o Santo Graal.

Agora, mais de 30 anos depois das gravações do filme, arqueólogos encontraram artefatos escondidos sob o Tesouro de Petra, um dos cenários que ganhou destaque ao longo da trama.

Também conhecido como Al Khazneh, o Tesouro fica localizado na Jordânia. Pesquisadores do país e também dos Estados Unidos receberam uma rara autorização para escavar o local e acabaram encontrando uma tumba com 12 esqueletos humanos e uma coleção de oferendas de bronze, cerâmica e ferro.

A descoberta pode abrir o caminho para novas informações sobre a região e a civilização que construiu a estrutura.

Indiana Jones da vida real

O achado foi possível graças a um radar de penetração terrestre que detectou cavidades embaixo de Petra.

“As pessoas pensam que conhecem Petra; reconhecem o Tesouro. Mas há muito mais debaixo dos nossos pés”, disse o diretor executivo do Centro Americano de Pesquisa (Acor), Pearce Paul Creasman, ao jornal americano The New York Times (via DW). Creasman é um dos líderes da escavação.

Além dos doze esqueletos intactos e da coleção de oferendas, os pesquisadores também descobriram uma rede de muros que divide a construção. Essa característica estrutural nunca foi vista antes naquele local.

A revelação desta câmara oculta nos surpreendeu por completo. Levando em conta que quase todas as tumbas de Petra foram encontradas vazias, esta é talvez a mais importante já encontrada e uma descoberta de proporções históricas.”, disse o apresentador de televisão Josh Gates, que acompanhou parte da escavação para o programa Expedition Unknown.

A escavação revelou ainda uma concidência surpreendente com o filme dirigido por Steven Spielberg:

Quando vimos o que parecia ser um cálice, ficamos paralisados. Era quase idêntico ao Santo Graal que aparece em Indiana Jones e a Última Cruzada, localizado no antigo edifício logo acima da tumba”, explicou Gates.

Mas a coincidência parou por aí. Um exame mais atento indicou que o objeto na verdade é uma tampa de uma jarra quebrada, provavelmente do século 1 a.C.

Os mistérios de Petra

A “cidade perdida” de Petra foi construída por volta do século 4 a.C e era a capital do reino nabateu. O povo nômade produzia riqueza a partir do comércio, especialmente de incensos e especiarias.

O local é considerado patrimônio mundial da Unesco e uma das sete maravilhas do mundo, mas a história dos nabateus ainda é um mistério.

“Ainda temos muito o que descobrir sobre o Tesouro, sobre quando e por que foi construída esta extraordinária estrutura”, refletiu Creasman. “Com o apoio do governo jordaniano, esta escavação nos aproximará mais do que nunca das respostas”, concluiu.

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