Em artigo publicado nesta semana na Edição 275 da Revista Oeste, o jornalista J. R. Guzzo faz uma análise contundente da postura internacional do Brasil, principalmente no contexto do recente conflito entre Israel e Irã. Segundo ele, o presidente Donald Trump encerrou a guerra em apenas um bombardeio, ao autorizar sobretudo o uso de dois jatos B-2 Spirit — aeronaves norte-americanas de alta tecnologia capazes de atravessar camadas de concreto e neutralizar instalações militares inimigas com precisão cirúrgica.
Guzzo compara a operação com a fragilidade militar brasileira, apontando dessa forma que os Estados Unidos contaram com 125 aviões de apoio, submarinos e satélites. A Força Aérea Brasileira, por sua vez, diz ele, está reduzida a uma “frota de táxi aéreo”. Para o articulista, essa superioridade dá aos EUA, aliás, o poder de impor sua ordem global, algo que nem China nem Rússia ousam desafiar de fato, apesar da retórica na ONU.
Brasil e uma diplomacia fora da realidade
O texto critica o governo Lula por, segundo Guzzo, insistir do mesmo modo na prática de uma diplomacia desconectada da realidade geopolítica. O apoio ao Irã no confronto com Israel seria, para o jornalista, mais um exemplo de um país “politicamente nulo”, que insiste em apoiar principalmente regimes autoritários e que, assim, acaba sempre no lado derrotado.
Guzzo conclui que a diplomacia brasileira, movida por ilusões ideológicas, compromete sobretudo o respeito internacional ao país e o relega a um papel irrelevante nos grandes temas do mundo. “É a estupidez crassa de ficar do lado que perde, sempre”.
Leia um trecho do artigo
“A Rússia não consegue ganhar uma guerra na Ucrânia, país que tem o tamanho de Minas Gerais e um PIB dez vezes menor que o do Brasil. Por que iria se sentir capaz de enfrentar as forças armadas americanas? A China não faz guerras a não ser em defesa do seu território — há 5 mil anos. Os países mais fortes da Europa ficam ali no meio da tabela, evitando a zona do rebaixamento, mas sem chance de disputar realmente o campeonato. O resto não existe, e o Brasil, do ponto de vista militar, existe menos ainda. Eis aí o lugar do mapa em que estamos — em lugar nenhum”.
Gostou? Dê uma olhada no conteúdo abaixo.
A Edição 275 da Revista Oeste vai além do texto de J. R. Guzzo. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos, por exemplo, de Augusto Nunes, Alexandre Garcia, Adalberto Piotto, Ana Paula Henkel, Anderson Scardoelli, Artur Piva, Carlo Cauti, Cristyan Costa, Daniela Giorno, Dagomir Marquezi, Deborah Sena, Flavio Gordon, Guilherme Fiuza, Letícia Alves, Rachel Diaz, Rodrigo Constantino e Silvio Navarro.
Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus assinantes. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui, escolher o plano e seguir os passos indicados.
+ Leia mais notícias de Imprensa na Oeste