Artistas, políticos e jornalistas prestaram homenagens a José Roberto Guzzo, que morreu na madrugada deste sábado, 2, vítima de um infarto. Em destaque, a independência intelectual e o compromisso com a verdade que marcaram a carreira do conselheiro editorial e principal colunista da Revista Oeste.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou Guzzo como “uma referência intelectual que nunca se calou diante do poder” e afirmou que o jornalista marcou época “por sua coragem, lucidez e compromisso inegociável com a liberdade de expressão”.
Recebo com tristeza a notícia da morte de J. R. Guzzo, um dos fundadores da Revista Oeste e um jornalista que marcou época por sua coragem, lucidez e compromisso inegociável com a liberdade de expressão. O país perde um referência intelectual que nunca se calou diante do poder.… pic.twitter.com/IKjnW8cOxG
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) August 2, 2025
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol lembrou o papel de Guzzo na defesa da Lava Jato e de valores como a liberdade, a moralidade e o respeito à Constituição. “Um gigante do jornalismo brasileiro”, resumiu o ex-parlamentar.
Guzzo foi um gigante do jornalismo brasileiro. Um defensor intransigente da liberdade, da Constituição e da moralidade pública, que odiava qualquer tipo de tirania, autoritarismo e arbitrariedade.
Guzzo foi um dos jornalistas que mais defendeu o trabalho da Lava Jato contra a…
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) August 2, 2025
Fernando Holiday destacou a importância do jornalista à frente da revista Veja, onde foi diretor de redação entre 1976 e 1991, e lembrou sua atuação na fundação da Revista Oeste, em 2020.
Partiu dessa vida, na manhã de hoje, o grande jornalista J.R Guzzo.
Responsável pela era de ouro da Revista Veja, onde foi diretor de redação. Guzzo também foi um dos responsáveis pela fundação da revista Oeste.
Aos amigos da Oeste, aos familiares e fãs, meus pêsames. Que Deus… pic.twitter.com/TBaw0R1G2B
— Fernando Holiday (@FernandoHoliday) August 2, 2025
“Perdi minha maior referência para escrever”, escreveu Silvio Navarro, colega de Guzzo em Oeste. “O Brasil perdeu hoje um dos maiores jornalistas da história. Perdi um amigo querido.”
O Brasil perdeu hoje um dos maiores jornalistas da história. Eu perdi um amigo querido, minha maior referência para escrever.
Obrigado por tudo J.R. Guzzo.— Silvio Navarro (@silvionavarro) August 2, 2025
O jornalista Caio Blinder disse que Guzzo foi “fundamental” em sua formação. Já Xico Graziano, comentarista político e ex-colega no Estado de S. Paulo, descreveu Guzzo como um profissional “verdadeiro, ativo, que nunca cedeu ao poder”.
Guzzo foi jornalista importante, figura essencial na minha formação (como jovem leitor de VEJA e como jornalista que escreveu para VEJA e Exame). Tomou seu rumo político (sociedade plural agradece). Estou chocado, mas não surpreso, com algumas mensagens de ódio nas redes sociais https://t.co/opHcJac302
— Caio Blinder (@caioblinder) August 2, 2025
Perdemos José Roberto Guzzo, 82 anos, vítima de um infarto. Era um gigante do jornalismo. Dirigiu a Veja entre 1976 a 1991, tornando-a célebre. Conheci-o no Estadão, caráter reto, ideias no lugar. Verdadeiro, ativo, nunca cedeu ao poder. Amém.
— Xico Graziano (@xicograziano) August 2, 2025
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro lembrou de Guzzo como um defensor da liberdade. “Que perda”, escreveu, na plataforma X. “Exemplo de combatente, corajoso diante dos tiranos. Que Deus conforte os familiares e o receba em sua eterna bondade.”
Que perda! Exemplo de combatente, corajoso diante dos tiranos.
Que Deus conforte os familiares e o receba em sua eterna bondade 🙏
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 2, 2025
O senador Rogério Marinho afirmou que Guzzo foi “uma das vozes mais lúcidas e corajosas do jornalismo nacional” e que defendeu a liberdade “com clareza e integridade”. A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina disse que o país perdeu “uma mente brilhante que fará falta no debate de ideias”.
J.R. Guzzo foi uma das vozes mais lúcidas e corajosas do jornalismo nacional. Um brasileiro que defendeu a liberdade com clareza e integridade. Nosso respeito, gratidão e memória. pic.twitter.com/bWuNEaikEa
— Rogério Marinho🇧🇷 (@rogeriosmarinho) August 2, 2025
Lamento a morte de J.R. Guzzo, ocorrida neste sábado. Uma figura notável e uma mente brilhante que fará falta no debate de ideias. Meus sentimentos aos familiares, amigos e leitores. #JRGuzzo pic.twitter.com/BKqoNlVTWS
— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) August 2, 2025
A Liderança da Oposição na Câmara divulgou uma nota de pesar assinada pelo deputado federal Luciano Zucco. “Sua trajetória foi marcada pela coragem de falar a verdade, pela independência intelectual e pela lucidez em tempos em que nosso país enfrenta um verdadeiro regime de exceção”, afirma o texto.
Outros parlamentares também se manifestaram. O deputado estadual gaúcho Rodrigo Lorenzoni definiu Guzzo como “inteligente, corajoso e independente”.
Com profundo pesar, lamento a morte de J.R. Guzzo — um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. Inteligente, corajoso e independente, sempre se destacou pela clareza e firmeza com que analisava os rumos do país. Sua ausência será sentida. Que descanse em paz. pic.twitter.com/rq5RhREe2W
— Rodrigo Lorenzoni (@rdlorenzoni) August 2, 2025
Já o deputado Otoni de Paula lamentou a perda de “uma voz lúcida, brilhante e destemida”.
É com imensa tristeza que agora pela manhã recebo a notícia da morte do jornalista J. R. Guzzo, uma voz lúcida, brilhante e destemida do jornalismo brasileiro. pic.twitter.com/C1xGDzTB1R
— Otoni de Paula (@OtoniDepFederal) August 2, 2025
Por sua vez, o deputado federal Nikolas Ferreira destacou a qualidade dos textos de Guzzo, que considerava “de leitura quase obrigatória”.
Uma enorme perda para o bom jornalismo. Exemplo de coragem, sensatez e autor dos textos de leitura quase obrigatória, tamanha a qualidade. Que Deus conforte os amigos e familiares. pic.twitter.com/xr4VISbe6S
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) August 2, 2025
O senador Plínio Valério afirmou que Guzzo “foi um bravo combatente contra os falsos democratas que colocaram o Brasil na sua mais grave crise diplomática”. E completou: “Que seus alertas sobre o buraco que nos enfiaram continuem acordando os verdadeiros defensores da Pátria.”
Até os seus últimos minutos de vida Guzzo foi um bravo combatente contra os falsos democratas que colocaram o Brasil na sua mais grave crise diplomática . Que seus alertas sobre o buraco que nos enfiaram continuem acordando os verdadeiros defensores da Pátria @revistaoeste pic.twitter.com/QtvRQCPRO2
— Plínio Valério (@PlinioValerio45) August 2, 2025
Personalidades da cultura e das redes sociais também se manifestaram. Roger Rocha Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor, classificou Guzzo como “o maior jornalista do Brasil”.
Morre José Roberto Guzzo, o maior jornalista do Brasil // Vai fazer muita falta. Suas análises eram sempre precisas. E tinha muita coragem! Que pena. https://t.co/gAYRwsIqNc
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) August 2, 2025
O escritor Ubiratan Jorge Iorio lamentou a morte de um “símbolo do jornalismo verdadeiro e do amor ao idioma”.
Morreu. J R Guzzo. Uma perda inensa para a Oeste, o jornalismo verdadeiro, o nosso idioma e, sobretudo, para o Brasil, em um dos momentos mais difíceis de toda a sua história. Que Deus – que é amor – acolha o Guzzo em Seus braços e conforte a família. @revistaoeste
— 𝕌𝕓𝕚𝕣𝕒𝕥𝕒𝕟 𝕁𝕠𝕣𝕘𝕖 𝕀𝕠𝕣𝕚𝕠 (@biraiorio) August 2, 2025
Colegas que conviveram com Guzzo nas redações relembraram sua generosidade e talento. “Tinha um grande senso de humor, sem falar da lógica e da qualidade de seus textos”, escreveu o jornalista Dagomir Marquezi.
Um dia muito triste. Conheci o Guzzo ainda na década de 1980, quando trabalhei na Veja. Demos boas risadas nas reuniões de pauta da @revistaoeste. Tinha um grande senso de humor. Sem falar da qualidade e lógica de seus textos. 😢 pic.twitter.com/eyLELXSwki
— Dagomir Marquezi 🇧🇷🦍 (@DagomirMarquezi) August 2, 2025
Alexandre Garcia, que dividiu com Guzzo o palco do Encontro de Gigantes em dezembro de 2024, publicou: “Letras em funeral. Guzzo turbinou a Veja, inspirou a Oeste, valorizou o Estadão e a Gazeta do Povo. Permanece em nós como inspiração”.
Letras em funeral. José Roberto Guzzo, 82. O jornalismo perde seu texto mais brilhante, mais destemido. Guzzo turbinou a Veja, inspirou a Oeste, valorizou o Estadão, a Gazeta do Povo; foi modelo de jornalismo atento e crítico. Permanece em nós como inspiração. pic.twitter.com/DCzYHDM4mr
— Alexandre Garcia (@alexandregarcia) August 2, 2025
“Você não, Guzzo”, lamentou o jornalista Claudio Dantas. “Não agora.”
O economista e ex-ministro Adolfo Sachsida também prestou homenagem: “Morreu o jornalista da liberdade. Que sua luz ilumine as próximas gerações. Um craque, um guerreiro. Um Jornalista com ‘J’ maiúsculo: honesto, preparado, competente e destemido. Lutou contra a injustiça e não se calou na nossa hora mais escura. Que Deus o abençoe. Descanse em paz, guerreiro. Obrigado por toda a luta em prol de um Brasil livre”.
A vereadora paulistana Janaina Paschoal também se manifestou. “Minhas condolências aos familiares, amigos e leitores de Guzzo, um dos mais corajosos jornalistas de todos os tempos”, escreveu, no X.
Minhas condolências aos familiares, amigos e leitores de Guzzo, um dos mais corajosos jornalistas de todos os tempos.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) August 2, 2025
O senador Carlos Portinho lamentou a morte de J. R. Guzzo. “Jornalista brilhante, voz firme e lúcida no debate público brasileiro”, disse o parlamentar. “Seu legado é marcado pela coragem, pela clareza de pensamento e pelo compromisso com a verdade.”
Com tristeza, recebemos a notícia do falecimento de J.R. Guzzo, jornalista brilhante, voz firme e lúcida no debate público brasileiro. Seu legado é marcado pela coragem, pela clareza de pensamento e pelo compromisso com a verdade.
Que Deus conforte seus familiares, amigos e… pic.twitter.com/KkSll14FxY
— Carlos Portinho (@carlosfportinho) August 2, 2025
Aos 82 anos, Guzzo seguia em plena atividade. Nesta sexta-feira, 1º, foi ao ar sua última coluna semanal em Oeste. O artigo está disponível ao público.
A cerimônia de velório ocorrerá neste sábado, das 15h30 às 18h30, no Cemitério Congonhas, em São Paulo. O sepultamento está marcado para domingo, 3, às 10h30.