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As chances de times que começaram com duas derrotas de irem aos playoffs da NFL

A temporada regular da NFL mal começou, mas para 10 times já parece que os playoffs iniciaram em setembro. Isso porque a história mostra: abrir a campanha com duas derrotas nos dois primeiros jogos pode complicar o time na luta por uma vaga na pós-temporada. E aumentar isso para três resultados negativos beira sentença de morte.

Desde 2002, apenas 13,3% das equipes que perderam os dois primeiros jogos conseguiram se recuperar e alcançar a pós-temporada. Ano passado, Denver Broncos, Los Angeles Rams e Baltimore Ravens foram exemplos de reviravolta. Mas iniciar 0-3 é praticamente fim da linha: só três times em 96 oportunidades (3,1%) chegaram aos playoffs após três derrotas seguidas, dois deles sob comando de Mike Tomlin em Pittsburgh. Quem tentará isso é o Miami Dolphins, que caiu para o Buffalo Bills na abertura da rodada.

(Conteúdo oferecido por: RAM e Snickers)

Com esse cenário, nove times iniciam a rodada praticamente disputando finais. A seguir, a ESPN detalhou como está a situação de cada um deles e prospectou o que esperar de cada um deles nos jogos que faltam:

Kansas City Chiefs – Chances de playoffs: 51,8%

O time que disputou cinco dos últimos seis Super Bowls vive um início caótico. A defesa está desorganizada e o ataque não consegue se apoiar em nenhum ponto forte. O jogo corrido é fraco, faltam jogadas explosivas no passe e até Patrick Mahomes, que nunca tinha começado uma temporada com duas derrotas seguidas, tem sofrido com baixos índices em lançamentos longos. Sem Travis Kelce no auge e com suspensões e lesões no corpo de recebedores, o ataque perdeu identidade.

O grande trunfo segue sendo a capacidade de Mahomes em improvisar com as pernas, mas depender disso não é sustentável. O calendário ainda reserva Ravens, Detroit Lions, Washington Commanders e Buffalo Bills antes da folga na Semana 10.

Houston Texans – Chances de playoffs: 24,3%

A expectativa era alta após boas campanhas recentes, mas os Texans abriram 2025 com duas derrotas dolorosas. A linha ofensiva, totalmente reformulada, não protege C.J. Stroud, que vive sob pressão constante. No jogo corrido, Nick Chubb não consegue produzir de forma consistente, e a equipe aparece só à frente do Arizona Cardinals em sucesso nas corridas em primeiras e segundas descidas. Resultado: Stroud enfrenta constantemente segundas e terceiras descidas longas.

Para piorar, a divisão está mais competitiva, com Indianapolis Colts invictos e Jacksonville Jaguars fortes. O talento do quarterback ainda dá esperança, mas os problemas estruturais lembram a versão inconsistente de 2024.

Chicago Bears – Chances de playoffs: 6,3%

O entusiasmo pelo novo técnico Ben Johnson e pelo segundo ano de Caleb Williams durou pouco. Após abrir a temporada com um bom desempenho ofensivo, o time desmoronou: ataque sem jogo terrestre e defesa entre as piores da liga.

Williams mostra evolução em relação a 2024, mas ainda oscila entre boas jogadas e decisões arriscadas. Sem apoio no backfield e com uma linha ofensiva em ajuste, o calouro sofre para carregar a equipe sozinho. Na defesa, a secundária devastada por lesões deixa o time vulnerável, e a falta de pressão no pass rush só agrava o problema

New York Giants – Chances de playoffs: 3,7%

A esperança de evolução em 2025 passa longe de se confirmar. No ataque, o calcanhar de Aquiles segue sendo a red zone: média de apenas 2,7 pontos por campanha, pior marca da liga. Sem Saquon Barkley, Brian Daboll ainda não encontrou soluções, e Russell Wilson não é opção para corridas pesadas como fazia Daniel Jones.

O drama também passa pela linha ofensiva. Andrew Thomas ainda não jogou, Evan Neal foi barrado e substitutos como James Hudson III e Marcus Mbow não dão conta. Resultado: pressão constante e drives travados.

Na defesa, a promessa de um front dominante não se concretizou. O time é o pior da NFL contra corridas desenhadas e a pressão sem blitz despencou em relação a 2024. As lesões nos linebackers também complicam. O calouro Jaxson Dart pode trazer energia, mas enquanto a batalha nas trincheiras for perdida, dificilmente os Giants engrenam.

New York Jets – Chances de playoffs: 7,3%

O entusiasmo da estreia acabou rápido. Justin Fields teve o pior média da carreira antes de sair com concussão contra o Bills. Sem ele, o ataque é previsível e incapaz de reagir quando sai atrás no placar. Garrett Wilson é praticamente o único alvo confiável. Além das dificuldades ofensivas, a defesa não dá resposta. Sofreu 34 pontos do Steelers e 30 do Bills, aparecendo apenas no 28º lugar em efetividade por jogada. O coordenador Aaron Glenn tem insistido em marcação homem a homem, mas a contratação de Brandon Stephens expõe fragilidades na secundária.

Com Fields fora já para a próxima partida contra o Tampa Bay Buccaneers e histórico de lesões preocupante, os Jets precisam equilibrar urgência e preservação. O calendário até ajuda (Dolphins, Cowboys, Panthers, Browns), mas sem defesa consistente e com incerteza no comando ofensivo, o time parece longe de embalar.

Carolina Panthers – Chances de playoffs: 5,5%

Se em 2024 o drama foi a queda de Bryce Young, em 2025 a frustração é a estagnação. O QB voltou a números ruins (três interceptações em dois jogos) e o ataque carece de explosão. Tetairoa McMillan é ponto positivo, mas Xavier Legette praticamente não aparece. A linha ofensiva virou problema grave: Ikem Ekwonu voltou mal de cirurgia, Yosh Nijman foi presa fácil e dois titulares (Robert Hunt e Austin Corbett) estão fora por lesão. O cenário ameaça ainda mais o desenvolvimento de Young.

Na defesa, o retorno de Derrick Brown deveria fortalecer contra o jogo corrido, mas sem Tershawn Wharton, o setor continua vulnerável. No geral, faltam soluções consistentes em várias áreas: secundária exposta, jogo terrestre adversário fluindo e pouco apoio a Jaycee Horn. Em uma NFC Sul enfraquecida, ainda assim as chances de playoffs são baixas — reflexo da falta de sinais claros de evolução.

Tennessee Titans – Chances de playoffs: 3,6%

Cam Ward, primeira escolha do draft, mostrou lampejos de talento, mas as dificuldades maiores estão na linha ofensiva: Dan Moore Jr. e JC Latham têm sofrido, e as lesões agravaram a situação. Sem proteção confiável, Ward toma muitos sacks e não consegue explorar seu braço forte. O grupo de recebedores também é dos mais frágeis da liga, e as limitações reduzem a eficácia de qualquer esquema de play-action.

Se o ataque patina, a defesa ao menos mostra organização, com Jeffery Simmons liderando a linha e bons momentos de Cody Barton e Cedric Gray. No entanto, o time cansa no quarto período, quando cede a maior parte dos pontos. As equipes especiais, um desastre em 2023 e 2024, agora brilham: retornos longos, field goals certeiros de Joey Slye e lances decisivos que mantêm o time em jogos. Ainda assim, 2025 parece mais um laboratório para Ward do que uma corrida real por playoffs.

New Orleans Saints – Chances de playoffs: 5,1%

Se não vence, ao menos diverte. Com Spencer Rattler soltando o braço 40 vezes por jogo, formações ousadas e a defesa de Brandon Staley cheia de disfarces, os Saints são’“bad fun team’ na definição americana. O ataque joga em ritmo acelerado, mas é ineficiente: apenas 5,3 jardas por tentativa. Chris Olave e Juwan Johnson são os alvos preferidos, mas o time não consegue gerar jardas após a recepção. A linha ofensiva jovem (Kelvin Banks Jr., Taliese Fuaga) sofre contra pressões rápidas.

Na defesa, Staley aposta em blitzes criativos, mas a secundária não sustenta quando o pass rush não chega. Kool-Aid McKinstry, calouro badalado, tem início difícil, e penalidades custaram caro. Ninguém espera que New Orleans brigue em cima, mas o entretenimento está garantido.

Cleveland Browns – Chances de playoffs: 5,4%

O roteiro para os Browns era repetir 2023: defesa dominante carregando um ataque limitado. Mas sem Jeremiah Owusu-Koramoah e Martin Emerson Jr., a consistência já começa a ruir. O início até foi animador, com a defesa segurando Bengals e Ravens por seis quartos. Porém, no segundo tempo contra Baltimore, o colapso: 24 pontos cedidos, turnovers e scoop-and-score. A falta de profundidade no elenco pesa e Joe Flacco, de volta como QB, não oferece margem para erro.

Cleveland depende de um Schwartz-ball perfeito (pressão constante, poucos erros) para sobreviver. Quando o plano falha, o ataque não tem como compensar. O cenário de playoffs parece distante.

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