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As histórias de ex-Flamengo que sonha com acesso pelo Novorizontino na Série B

A boa campanha do Novorizontino na Série B do Brasileirão tem a defesa como um dos pilares. São apenas 17 gols sofridos em 21 rodadas. E um dos responsáveis por isso atende pelo nome de César Martins.

Titular absoluto no time dirigido por Umberto Louzer, o defensor de 32 anos chegou ao Novorizontino em 2023 e esteve nos grupos que quase conquistaram o acesso à elite. Dessa vez, ele espera que o desfecho seja diferente.

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“Estamos fazendo de tudo para que isso aconteça. Dá para ver de todos os jogadores essa fome de conquistar esse tão sonhado acesso. É uma coisa que a gente vem batendo na trave e esse ano não podemos deixar escapar. É uma obrigação nossa, que a gente falou no vestiário com o Umberto e que a gente vai conquistar”, afirmou o zagueiro, em entrevista exclusiva à ESPN.

Antes de viver “um dos melhores momentos na carreira”, como ele mesmo definiu, César Martins rodou o mundo e acumulou histórias.

O responsável por promovê-lo ao profissional foi Fernando Diniz. Em 2011, as atuações de César Martins nas categorias de base do Atlético Sorocaba chamaram a atenção do atual treinador do Vasco.

Apesar de “sofrer” com as broncas de Diniz, o zagueiro destacou a importância do treinador no seu desenvolvimento profissional.

“O Diniz era aquilo que vocês veem hoje. Já passei poucas e boas com ele, mas é um cara que me ajudou muito na parte técnica e tática, além da parte mental. Sou muito grato a ele por ter me dado a oportunidade e ter me subido ao profissional”, destacou.

“Teve um jogo que ele estava suspenso, ele foi do meu lado no estádio de Sorocaba e começou a gritar: ‘Você vai sair, vai lá sentar com seu pai e assistir ao jogo’. Eu pensei que ele não ia fazer isso, mas ele falou: ‘pode tomar banho, trocar de roupa e assistir ao jogo com seu pai, aí você explica para ele o motivo’. Eu subi, mas não sabia explicar o porquê”, lembrou o zagueiro.

“Tem também uma história no treino… Ele não gostava de dar chutão para frente, gostava de sair jogando, esse estilo de jogo que todo mundo acha maluco. Saímos jogando, o atacante apertou e eu chutei. Ele parou o treino e falou ‘vai correr em volta do campo’. Aí ele foi e treinou no meu lugar. Começou o treino e ele falou ‘está vendo, sem você é melhor, eu jogo mais que você’. Aí todo mundo começou a rir”, completou.

Frustração com estrutura do Flamengo

Mas César Martins ganhou projeção mesmo com a camisa da Ponte Preta, sendo vice-campeão da CONMEBOL Sul-Americana de 2013. No ano seguinte, se transferiu para o Benfica, de Portugal, mas não teve muitas oportunidades e retornou ao Brasil para defender o Flamengo.

Ao desembarcar no Rio de Janeiro, César Martins ficou surpreendido com a estrutura do clube, de maneira bem negativa.

“O Flamengo foi um sonho realizado, jogar em um gigante do Brasil, mas acho que naquele momento eu não estava preparado para esse desafio. Mas tentei aproveitar da melhor maneira possível. Naquela época, o Flamengo não tinha a estrutura que tem hoje, era muito diferente, muito abaixo. Eu saí do Benfica e quando cheguei esperava que as instalações seriam mais ou menos parecidas. Mas não foi o que aconteceu”, lamentou.

Depois de dois anos no Flamengo, César Martins retornou para Portugal, onde ficou durante quatro temporadas – teve uma rápida passagem pelo Juventude, em 2018. Lá, atuou por clubes de menor expressão, como Nacional, Vitória, Santa Clara e Farense.

Experiência na altitude

O retorno de César Martins para o futebol sul-americano aconteceu em 2021, quando recebeu uma ligação de Antônio Carlos Zago. O treinador apresentou o projeto do Bolívar e convenceu o zagueiro a aceitar o desafio mesmo ciente das dificuldades que encontraria.

A principal delas era a altitude. Capital mais alta do mundo, La Paz está a 3.650 metros do nível do mar. A adaptação não foi fácil, mas César Martins deixou o Bolívar depois de duas temporadas para defender o Novorizontino com o sentimento de dever cumprido.

“Eu recebi o convite do Antônio Carlos Zago, que estava na época. Ele me ligou, apresentou o projeto do Bolívar. Eu seria, naquele ano, o único brasileiro e tive o interesse de fazer parte do projeto. Conseguimos nos classificar e em 2022 fomos campeões”, destacou.

“Foi uma experiência diferente por causa da altitude. E eu tenho asma também, não foi fácil se adaptar quanto a isso. Mas acho que foi tudo do jeito eu planejei”, disse.

Rumo ao objetivo

Apesar de ter vivido tantas históricas, César Martins ainda não está realizado. Isso pode acontecer no fim do ano, com o acesso do Novorizontino. E mais um passo será dado nesta quinta-feira (14), quando o Tigre recebe o Coritiba, às 21h35 (de Brasília), no Estádio Jorge Ismael de Biasi, pela 22ª rodada da Série B, com transmissão ao vivo no Disney+.

Trata-se de um confronto direto. Na terceira colocação, o Novorizontino tem 36 pontos e está a três do vice-líder Coritiba.

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