O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está frustrado com as “ações e negociações comerciais” do Brasil. As informações são do o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett.
“O ponto principal é que o presidente tem ficado muito frustrado com as negociações com o Brasil”, disse o assessor, em entrevista à emissora norte-americana ABC, neste domingo, 14. “Normalmente não se trata necessariamente de um país específico, mas com o Brasil sim, as ações chocaram o presidente e ele deixou isso claro.”
White House National Economic Council Director Kevin Hassett defended Pres. Trump’s newly unveiled 50% tariff against Brazil, the United States’ second-largest trading partner, claiming the move is part of the administration’s broader tariff strategy. https://t.co/Jh0bHmMyyt pic.twitter.com/G5f1eZo2je
— This Week (@ThisWeekABC) July 13, 2025
E acrescentou que as tarifas para o Brasil são mais altas “por causa da frustração” de Trump com o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Hassett também afirmou que a taxação de 50% sobre produtos brasileiros tem o objetivo de estimular a produção interna. Segundo ele, Trump “tem autoridade para impor as tarifas se acreditar que as ações e políticas do Brasil são uma ameaça à segurança nacional”.
Tarifas de Trump começam em agosto
Trump anunciou a medida na quarta-feira, 9, por meio da rede Truth Social. A tarifa de 50% valerá a partir de 1º de agosto de 2025 e afetará todos os produtos brasileiros enviados aos EUA.
Na publicação, o presidente americano justificou o aumento com críticas à política tarifária brasileira e ao tratamento dado a Bolsonaro, a quem disse respeitar “profundamente”. Trump afirmou que os EUA precisam se afastar da “relação de longa data e muito injusta” com o Brasil, e que é necessário corrigir as “graves injustiças do regime atual”.
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Hassett acrescentou que Trump avaliou propostas de acordos comerciais com outros países, mas ainda espera por condições mais favoráveis. “Bem, essas tarifas são reais se o presidente não conseguir um acordo que considere bom o suficiente”, afirmou. “Mas, sabe, as conversas estão em andamento e veremos como a poeira se acomoda.”