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Até a esquerda condena ditadura da Venezuela

Críticas internacionais à ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela, aumentaram depois da detenção da advogada Martha Lía Grajales, na sexta-feira 8, em Caracas. A prisão da ativista, conhecida pela oposição ao regime, mobilizou figuras da esquerda latino-americana — grupos que raramente condenavam a repressão no país.

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Antes de romper com Maduro, Martha liderava a ONG SurGentes e já apoiou Hugo Chávez. Ela se distanciou da ditadura depois da repressão violenta às manifestações que contestaram a eleição de julho de 2024, marcada por denúncias internacionais de fraude. Os protestos deixaram 28 mortos, cerca de 200 feridos e quase 2,5 mil detidos. Até agora, 2 mil foram libertados.

Ativista foi presa quando saía de um protesto na Venezuela

Martha Lía Grajales se distanciou da ditadura na Venezuela depois da repressão violenta às manifestações que contestaram a eleição de julho de 2024 | Foto: Reprodução/XMartha Lía Grajales se distanciou da ditadura na Venezuela depois da repressão violenta às manifestações que contestaram a eleição de julho de 2024 | Foto: Reprodução/X
Martha Lía Grajales se distanciou da ditadura na Venezuela depois da repressão violenta às manifestações que contestaram a eleição de julho de 2024 | Foto: Reprodução/X

Os soldados do regime detiveram Martha quando ela saía de um protesto em frente ao escritório da Organização das Nações Unidas em Caracas. A oposição realizou a manifestação para pedir a soltura de opositores ainda presos. 

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os agentes abordaram a ativista e a colocaram em um veículo cinza, sem placas ou identificação.

Três dias antes de ser presa, Martha participou de uma vigília no Tribunal Supremo de Justiça. A SurGentes informou que os policiais dispersaram os manifestantes de forma violenta. Até esta segunda-feira, 11, não há informações sobre o paradeiro da advogada.

Reações inéditas de grupos de esquerda

A detenção desencadeou reações inéditas de grupos de esquerda da América Latina. As Mães da Praça de Maio Linha Fundadora, tradicionalmente ligadas ao kirchnerismo na Argentina, divulgaram nota pedindo liberdade para Grajales e a responsabilização dos envolvidos.

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O ganhador do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, que esteve recentemente com Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, também se manifestou. Ele assinou uma carta intitulada “Defender os direitos humanos das pessoas humildes não é crime: Liberdade imediata para Martha Lía Grajales”, junto a dezenas de ativistas. Parlamentares do partido argentino Frente de Esquerda também condenaram a repressão do governo venezuelano.

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