O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, relatou nesta quinta-feira, 19, que contraiu sarna enquanto esteve detido em Israel. Segundo ele, a doença surgiu por conta das condições insalubres às quais foi submetido durante o período em que ficou preso em uma “masmorra israelense”. O episódio ocorreu depois da interceptação do barco Madleen, que tentava furar o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.
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Por meio de uma publicação no Instagram, Ávila afirmou que a prisão foi resultado do que classificou como um “sequestro” promovido pelas autoridades israelenses. Como forma de protesto, anunciou que iniciou uma greve de fome ainda durante a detenção. O barco fazia parte da Freedom Flotilla, grupo que se apresenta como uma coalizão humanitária.
O episódio envolveu 11 ativistas a bordo da embarcação. O governo de Israel classificou o veleiro como um “iate de selfies” e contestou a legitimidade da missão. Segundo as autoridades israelenses, o barco não carregava suprimentos suficientes para ser reconhecido como uma operação humanitária efetiva. A iniciativa recebeu apoio de figuras internacionais, como a ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos.
Thiago Ávila nasceu no Distrito Federal e se define como comunicador e ativista socioambiental. Tentou ingressar na política em 2022, quando disputou uma vaga para deputado federal pelo Psol, integrando o mandato coletivo “Bem Viver”, mas não conseguiu se eleger.
Ao longo da trajetória, se envolveu em ações ligadas à defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. No Brasil, atua como coordenador da Freedom Flotilla Coalition. Ávila já esteve na Cisjordânia e também participou de brigadas internacionais em Cuba e na Colômbia. Na plataforma Apoia-se, declarou que sua renda depende majoritariamente de doações, palestras e trabalhos como freelancer.