Os jogadores do Atlético-MG arrumaram uma forma curiosa de protestar contra atrasos em salários e direitos de imagens. No último dia 7 de julho, os atletas treinaram com os bolsos dos calções para fora, indicando o “vazio”. O ato foi confirmado pelo dirigente Paulo Bracks e motivou uma reunião com o elenco.
“De fato aconteceu. Vocês estão mostrando as imagens, a gente fez a reunião com os atletas no dia seguinte a esse treino, foi a oportunidade que a gente conseguiu mostrar para eles nossa realidade financeira e as projeções de datas”, afirmou Bracks, à Band Minas.
O Atlético-MG teve uma terça-feira (22) agitada. O atacante Rony acionou a Justiça pedindo a rescisão de contrato por conta atrasos, mas voltou atrás e desistiu da ação depois de conversar com dirigentes atleticanos.
Outros jogadores do elenco notificaram o clube extrajudicialmente, mas não pediram a rescisão do contrato.
Em sua conta no X (antigo Twitter), Rubens Menin, dono da SAF do Galo, se pronunciou sobre o dia caótico e falou em “informações desencontradas, reações acaloradas e muita especulação”.
“Hoje o dia trouxe informações desencontradas, reações acaloradas e muita especulação. Mas, como sempre, a verdade e o bom senso devem prevalecer”, disse o dirigente.
Embora tenha admitido que “os desafios existem”, Rubens Menin garantiu que “o Atlético honra suas responsabilidades” e que “tem um projeto de longo prazo sendo construído”.
“O Atlético tem responsabilidades, e as honra. Tem compromissos, e os cumpre. E tem um projeto de longo prazo sendo construído com trabalho duro, transparência e espírito coletivo”, afirmou.
Em nota oficial, o clube havia confirmado ter recebido notificação da Justiça do Trabalho da ação de Rony e afirmou estar com todos os salários em carteira (CLT) em dia. O atraso, segundo a versão do Galo, é de “somente uma parcela dos direitos de imagem em dois dias”.