A babosa é uma planta que muitos produtores consideram simples de manejar e que tem baixo custo de cultivo. Não necessitando de água em excesso, ela se adaptou bem ao clima quente do interior de São Paulo. Além disso a planta, também conhecida como aloe vera, é utilizada como matéria-prima por diversos setores da indústria.
Alguns dos usos mais recorrentes da babosa se dão na indústria de cosméticos, mas ela também pode ser usada na produção de adubos e defensivos agrícolas naturais. A colheita acontece quatro vezes por ano, e é feita de forma manual, podendo render até 200 toneladas por hectare em um ano.
Nada se perde da planta ao longo do processamento. Para a indústria de cosméticos, o que interessa é o gel que fica no interior das folhas. O restante que sobra se torna um biofertlizante, que revitaliza o solo e contribui para o combate de pragas.
A babosa no campo
Magno Alves, um dos maiores produtores de babosa do país, ressalta que a planta é resistente e produz mesmo em altas temperaturas. “Lá no Nordeste, ela [babosa] fica anos e anos nutrida, produzindo em altíssima temperatura”, afirmou.
Em sua fazenda em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior paulista, além da lavoura, Magno construiu sua própria fábrica para o processamento do gel. Além disso, desenvolveu uma linha de cinco biofertilizantes que auxiliam no combate de pragas, bactérias, fungos e aumentam a resistência das plantas contra o estresse hídrico e raios ultra violetas.
Dessa forma, além do seu tradicional uso em produtos capilares, a babosa vem ganhando mais espaço no setor da agricultura. “Esse universo vem crescendo no mundo inteiro em torno de 1% ao ano. No Brasil, 15% ao ano. Tem relação com o universo sustentável, então é um programa de muito sucesso. A gente vê um potencial de crescimento sem precedentes para a maior potência agrícola que é o Brasil”, comentou Magno.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo